domingo, 1 de julho de 2012

O Irreal Social


Não vos vou falar da música Irreal Social dos Ban de João Loureiro e Ana Deus, mas já que dá título ao post de hoje, aconselho a que se recorde este tema da banda do Porto.
O Irreal Social tem a ver com a inauguração, na passada sexta-feira, com pompa e circunstância, da Lavandaria Social tendo até direito a presença ministerial. Este projeto insere-se num outro, mais vasto, o Campo Maior Solidário, sendo um conceito inovador e apelativo ao voluntariado.
Esta inauguração serviu como pretexto para o meu pensamento trazer à conversa a velha discussão sobre a presença do Estado na vida das instituições e na economia. Portugal, neste momento, já vendeu o cimento (e o idioma?) aos brasileiros, a electricidade aos chineses, os jornais aos angolanos e estamos em vias de vender a TAP a espanhóis e colombianos. Por outro lado está em vias de entrar no capital do BCP e BPI. Quer dizer, o Estado é chamado a intervir quando a situação é má vendendo quando algo apetecível desperta o interesse e as finanças obrigam. Tal como li esta semana numa frase do Coetzee, não se nasce fora do Estado…mas também não se pode nascer fora do Capitalismo.
Em Campo Maior privatizou-se a água que agora fará mexer as máquinas da Lavandaria Social…Irreal Social!

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