Não vos vou falar
da música Irreal Social dos Ban de João Loureiro e Ana Deus, mas já que dá título
ao post de hoje, aconselho a que se recorde este tema da banda do Porto.
O Irreal Social
tem a ver com a inauguração, na passada sexta-feira, com pompa e circunstância,
da Lavandaria Social tendo até direito a presença ministerial. Este projeto
insere-se num outro, mais vasto, o Campo Maior Solidário, sendo um conceito
inovador e apelativo ao voluntariado.
Esta inauguração
serviu como pretexto para o meu pensamento trazer à conversa a velha discussão
sobre a presença do Estado na vida das instituições e na economia. Portugal,
neste momento, já vendeu o cimento (e o idioma?) aos brasileiros, a
electricidade aos chineses, os jornais aos angolanos e estamos em vias de
vender a TAP a espanhóis e colombianos. Por outro lado está em vias de entrar
no capital do BCP e BPI. Quer dizer, o Estado é chamado a intervir quando a
situação é má vendendo quando algo apetecível desperta o interesse e as
finanças obrigam. Tal como li esta semana numa frase do Coetzee, não se nasce
fora do Estado…mas também não se pode nascer fora do Capitalismo.
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