Penso que já uma
vez utilizei o título do filme dos irmão Cohen para um post. Não importa a
repetição se servir para falar do evento que ocorreu no jardim este sábado.
É agradável ver
os nossos idosos em atividades deste género, no entanto também não posso deixar
de pensar que os jovens, nos dias que correm, são muito maltratados pelo seu pais.
O desemprego jovem é o mais elevado e muitos deles tentam a sua sorte noutros
países…muitos não voltarão e serão o sangue novo que suportará os países dos
outros.
Quando se fizeram
os acordos para os partos poderem ser feitos em Espanha ao mesmo tempo que se
faziam excursões a Mafra para se ver um Centro Geriátrico que seria igual ao
nosso, quando se discutia se os bebés nascidos em Espanha podiam ter dupla
nacionalidade e se apresentava o Centro Geriátrico como um centro para os
idosos de Campo Maior, quando estes não tinham reformas para isso e se tinha o
olho nos reformados espanhóis, nessa altura não podia deixar de pensar que as
crianças portuguesas iam nascer a Espanha e os espanhóis vinham morrer a
Portugal. Eficiência económica? Há coisas que a economia não pode pagar…as
pessoas! As pessoas são a riqueza de localidades, empresas e países!
1 comentário:
Caro Jack,
Após uma leitura atenta ao seu post, não consegui evitar estabelecer um paralelismo entre o mesmo e o título da obra literária de Bret Easton Ellis, "Menos que zero".
Ao nos focarmos em temáticas tão atuais como a crise económica, o desemprego, a pobreza, a precariedade, ficamos com o sabor amargo de que para os nossos governantes, os nossos patrões e outros tais que tentam a todo o custo sugar-nos até ao tutano, não importam as pessoas mas tão somente os números.
Desde os primeiros instantes das nossas vidas que nos agrupam e nos resumem a números: o número de nascimentos registados num país; o número de sucesso/insucesso escolar; o número de ingressos no ensino superior; o número de casamentos/divórcios; o número de empregados/desempregados...
Não sei até que ponto será simplista pensar desta forma, mas a verdade é que a mesma sociedade que necessita de pessoas válidas e qualificadas para que a sua engrenagem funcione em pleno, acaba por ir mutilando aos poucos os sonhos de cada um, não lhes dando segurança nem liberdade para crescerem enquanto pessoas.
Resta-me dizer que inúmeras são as vezes que me parece que valemos menos que zero num país que não é para velhos, não só de idade mas também de espírito.
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