Escolas – Autonomia Reforçada

Já há algum tempo que não falava de Educação, já há algum tempo que não se ouvia falar do Nuno Crato mas…ecce homo! O nosso ministro volta a aparecer com mudanças de fundo na educação.

Neste caso o Ministro apresenta propostas para autonomizar mais a gestão das escolas. Para isso propõe reforçar o poder do director e um conselho pedagógico só constituído por professores. As escolas poderão decidir os horários das disciplinas e a organização dos tempos lectivos, bem como terão liberdade para definir créditos horários e gerir tempos de docentes. No conselho geral continuarão a estar representados os pais, ou no caso de Campo Maior, a Associação de pais que como aqui foi dito, aquando da eleição do diretor do nosso agrupamento, não explicou aos pais e encarregados de educação quais os projetos educativos dos candidatos e muito menos deu a conhecer o sentido de voto dos seus representantes no dito conselho geral. Associação para que vos quero…

Estas medidas do Nuno Crato parecem-me bastante acertadas, até porque como o próprio ministro diz “as escolas não são todas iguais embora trabalhem todas para o mesmo objetivo. Têm caminhos diferentes e não são só diferenças económicas e sociais mas sim de projeto educativo”. No entanto, gostaria de deixar as seguintes mensagens.A primeira que os diretores não se tornem “vitalícios” e que portanto sejam pequenos ditadores dos seus agrupamentos (não querem avançar já com um limite de mandatos?). Quanto à segunda que esta autonomia não seja adquirida dependendo dos resultados dos alunos porque de certeza que as notas estariam inflacionadas e haveria margem para algum facilitismo. E para finalizar um quiz aos leitores: sabem quantos ministros de educação tivemos desde o 25 de Abril? Nada mais nada menos que 27…e sabem quantos terminaram os mandatos?…Apenas 9!