sexta-feira, 25 de maio de 2012

Comédia Romântica


Vi há tempos um filme que, inicialmente, me parecia um daqueles filmes odiosos a que chamam “comédias românticas”. Com o desenrolar da história fiquei a saber que o enredo escondia uma face bem mais odiosa do nosso quotidiano.
O filme chamava-se “Nas nuvens” e os protagonistas são George Clooney e Natalie Kenner. Ambos encarnam o papel de duas pessoas que trabalham numa empresa que se dedica, em regime de outsoucing, ao despedimento de trabalhadores de grandes firmas. Numa das entrevistas, enquanto Natalie explica a uma “vitima” que a sua condição de desempregado lhe trará factos positivos, George, vendo que o esquema não está a resultar resolve espicaçar a “vítima” dizendo-lhe que os seus filhos nunca terão a sua admiração se não seguir os seus sonhos. Como a “vítima” tinha gosto pela cozinha francesa, George convida-a a que realize algo nesse campo e ao mesmo tempo seja empreendedor em tempo de crise.
As pessoas querem o seu emprego porque estão presas a obrigações como a casa e os filhos. Perder o emprego, não significa ficar livre para seguir os sonhos, perder o emprego significa perder a segurança e a liberdade.
Algo parecido fez o nosso primeiro ministro que, perante o cenário do desemprego, manda os portugueses a não serem piegas e a serem empreendedores. Poderá ter boas intenções mas também deve ser ele o primeiro a ser empreendedor e colocar a economia a crescer. 

7 comentários:

Anónimo disse...

O "Maior"? E como será a coroa? A bandeira da "Leal e valorosa Vila de Campo Maior ou o símbolo da Delta Cafés?

Anónimo disse...

E se fosse da Delta ?? Possivelmente seria a homenagem mínima que Campo Maior poderia fazer a esse grande grupo que alberga tantas familias de Campo Maior e não só,que promove assim a economia local.Ou ainda não viu a diferença entre Campo Maior e tantas outras terras, já nem digo só do nosso Distrito, ou então "não quer ver"... Mais um roído pela inveja e pelo ódio.... Vai trabalhar , e se conseguires, dá emprego...

Anónimo disse...

Tem razão, senhor anónimo. Desculpe o meu comentário arrojado e irónico. Felizmente a Delta dá emprego a muitas famílias e, muitas delas, ingratas. O meu comentário demonstra tudo menos ingratidão. Infelizmente a Delta não dá cultura. Se a desse seria aproveitada???
Um abraço!

Simone de Beauvoir disse...

"Uma das mais importantes características do feudalismo reside precisamente nos laços de vassalagem entre um rei e o seu vassalo, ou entre um senhor e os seus cavaleiros. Estes vínculos, traduzidos em juramentos solenes e cerimónias de investidura, criam relações de serviço e proteção, baseados na honra e nos valores da cavalaria, aspetos que se tornam típicos de toda a época medieval."
Aconselho que leiam,leiam que bem falta faz a este ilustre povo de Campo Maior e já agora passem os olhos pela fábula da Àguia e da Galinha.Muitos nasceram como àguias mas hoje comportam-se exatamente como galinhas!!!

Anónimo disse...

A FÁBULA DA ÁGUIA E DA GALINHA


Esta é uma história que vem de um pequeno país da África Ocidental, Gana, narrada por um educador popular, James Aggrey, nos inícios deste século. Oxalá nos faça pensar ... Exercício penoso,para alguns, mas tão necessário.É apenas uma questão de treino.

"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro, a fim de mantê-lo cativo em casa. Conseguiu pegar um filhote de águia.

Colocou-o no galinheiro junto às galinhas. Cresceu como uma galinha.

Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista.

Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:

- Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.

- De fato, disse o homem.- É uma águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais águia. É uma galinha como as outras.

- Não, retrucou o naturalista.- Ela é e será sempre uma águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.

- Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.

Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a, disse:

- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!

A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.

O camponês comentou:

- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!

- Não, tornou a insistir o naturalista. - Ela é uma águia. E uma águia sempre será uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.

No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa.

Sussurrou-lhe:

- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!

Mas, quando a águia viu lá embaixo as galinhas ciscando o chão, pulou e foi parar junto delas.

O camponês sorriu e voltou a carga:

- Eu havia lhe dito, ela virou galinha!

- Não, respondeu firmemente o naturalista. - Ela é águia e possui sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.

No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para o alto de uma montanha. O sol estava nascendo e
dourava os picos das montanhas.

O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:

- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!

A águia olhou ao redor. Tremia, como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, de sorte que seus olhos pudessem se encher de claridade e ganhar as dimensões do vasto horizonte.

Foi quando ela abriu suas potentes asas.

Ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto e voar cada vez mais para o alto.

Voou. E nunca mais retornou."

Existem pessoas que nos fazem pensar como galinhas. E ainda até pensamos que somos efetivamente galinhas. Porém é preciso ser águia. Abrir as asas e voar. Voar como as águias. E jamais se contentar com os grãos que jogam aos pés para ciscar.”

Jack The Ripper disse...

Agradeço a este anónimo o comentário tão profundo

Anónimo disse...

Que profundo, que delícia, abrir as asas e voar, livre como o vento, e tal e coisa.....A não ser que o senhor feudal seja da oposição, aí já não há feudalismo, há luta contra a opressão, o poder económico, o grande capital....
Vai por aí uma grande confusão entre servilismo e gratidão... mas enfim, siga o baile.....