Campo Maior vila Start-up

Esta semana, no Expresso, vinha uma reportagem sobre os esforços para tornar Lisboa uma star-up a nível mundial. Para quem não sabe start-up é uma daquelas palavras importadas que, neste caso, define uma cidade que é incubadora de empresas com grande cariz inovador e empreendedor. A Câmara Municipal de Lisboa teve esta iniciativa apoiada pelo IAPMEI e o Expresso elencou, na reportagem, as condições que deve haver para criar uma zona de star-up. Assim temos: qualidade de vida em termos de localização, mão de obra qualificada em áreas técnicas, fluente em língua inglesa e a um custo competitivo, custo do imobiliário competitivo, boas redes de telecomunicações e proximidade a algumas universidades e centros de investigação.

Tentei rever essas condições em Campo Maior para, e à escala, avaliar se haveria hipótese de ser uma vila start-up. Parece-me que todas as condições são de relativa consecução excepto uma, só modificável a longo prazo. A mão de obra qualificada e fluente em inglês é escassa. Mesmo tendo Campo Maior a sua geração mais qualificada de sempre, muitos dos seus filhos, ficam em Lisboa e nos grandes centros. Por isso Campo Maior enfrenta atualmente um duplo desafio. Não se trata apenas de conseguir mais investimento trata-se que, tarefas e trabalho que é executado aqui, não seja transferido para Lisboa onde haverá a tal mão de obra qualificada!