segunda-feira, 30 de abril de 2012

Frontalidade


A maior parte dos políticos utilizam aquilo a que se chama “ser politicamente correto”, ou seja os seus atos e declarações pautam-se por serem aquilo que as pessoas gostam de ouvir, mesmo que isso não seja a realidade nem aquilo que na prática serão as suas decisões. A culpa acaba por não ser deles, mas sim de todos aqueles que os ouvem e que premeiam quem tem falta de frontalidade. Eles apenas dizem o que as pessoas querem ouvir.
Mas algumas vezes surgem políticos que são a exceção ou parecem ser exceção. Um deles é Rui Rio que não tem receio de atacar, até mesmo, aquilo que nenhum político, com o manual de sobrevivência debaixo do braço, ousa fazer: atacar os interesses do futebol. Rui Rio fez isso no Porto mas fez mais. Quando o Corte Inglês quis ir para a Rotunda da Boavista ele disse “não” pois tinha definido que a Baixa do Porto teria de ser o seu pólo de desenvolvimento. O Corte Inglês acabou por ir para Vila Nova de Gaia e ele não se importou com isso. Rui Rio quando está convicto de algo não se importa de contrariar a opinião dominante. Mas mais surpreendente foi que esta postura valeu-lhe uma segunda vitória nas urnas. 

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