quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Aprendiz!

Quando George Orwel antecipou no seu livro 1984 a sociedade vigiada ao estilo Big Brother deu-nos mais um exemplo de como a ficção é transposta para a realidade em pouco tempo.
Ando a seguir atentamente “O Aprendiz”, um reality show onde duas equipas disputam, semanalmente os favores de Donald Trump, um multimilionário americano e símbolo do capitalismo no seu mais exuberante esplendor.
Neste concurso, semanalmente, quem ganhar tem de eliminar todos os outros, tem de julgá-los, dirigi-los e denunciá-los. Trata-se de fazer desempregados, liderar e despedir outros desempregados, quebrando a solidariedade entre eles. O jogo de massacre é este. E certos jogadores demonstram a sua crueldade e facilidade de denúncia para se auto justificarem.
O jogo acaba por ser uma síntese deste capitalismo exuberante de Trump, mas o que eu temo é que se torne numa síntese do capitalismo da crise que vivemos. Com as alterações no código de trabalho que se avizinham, a balança pende radicalmente a favor dos patrões e ninguém gostará de ver o seu, tal como o Donald Trump diz no fim “Estás despedido!”.

3 comentários:

Anónimo disse...

Um comentário, breve sobre "O Aprendiz".
Estamos longe de viver numa sociedade tão evoluida, no meu entender, como a do Sr. Trump, que já não sei se será a maior economia do mundo, mas o que deveriamos estar era alertados que os realty shows, não passsam de meras quimeras, e este de ficção, então não deveria sequer ser equacionável. Porquê? Porque o que necessáriamente precisamos é de capital humano qualifacado, esse sim gerador de riqueza,levando a sociedade não a um "capitalismo exuberante", mas a uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. Necessitamos das pessoas e serão elas, empresários, trabalhadores, que em união de esforços terão de construir "códigos", para no final dizerem: "Estás admitido! Gera riqueza e cria postos de trabalho"!

Jack The Ripper disse...

Ora nem mais!!

Anónimo disse...

Ora nem mais…

Teorias, teorias, teorias.

Os teóricos arranjam sempre campos libertos e solidários. Não sei onde vivem.
Será que vivem nalguma estação orbital ? O que sei, é que há sempre espaço para as suas retóricas mais subtis… e para nos fazerem crer que o Diabo e Deus podem conviver em paz, desde – evidentemente - que a moeda de troca não seja a repartição do euro em equidade (palavra tão em voga, com tanto de gira, como de utópica).

Ora nem mais …quem os ouve (lê), até parece que estão habituados a ver os trabalhadores -empregados a transportar-se em reais porsches, e os senhores empresários a deslocar-se para o trabalho em reais camionetas das empresas.

Porque será que subestimam a inteligência dos outros ?
Será para que naturalmente todos os leitores do “Decampomaior” os entendam pelo que escrevem, e não tanto por aquilo que – eventualmente - querem alcançar ?

Ou será samaritana ingenuidade ?

Querem que vos tomemos á letra nas circunstâncias “códigos” actuais :

“ Com o gerem-me muita riqueza eterna , que eu dou-vos muito trabalho eterno ?

Estas afirmações (opiniões ) de bom pastor, têm mais a função de manter o rebanho passivamente calmo dia após dia , quase idêntico na sua abrangência, aos que emitem – criminosamente - diariamente os “realty shows” e que tanto (ainda que com uma no cravo e outra na ferradura ) e bem criticam.

A humanidade está a regredir a “olhos vistos”, e querem que vos levemos a sério , quando vêm implorar ” paz e concórdia” entre exploradores - que só vêm dinheiro - e explorados ?

Quando no mundo “europeu-civilizado” estão a levar á falência a civilização, a democracia, os direitos e liberdades das pessoas, e tratar Países com séculos de história, abaixo de chicote, quando não mesmo á força bruta das bombas ? (Assim sem metáforas está melhor Sr. De…?)

Bem ! … é só a minha opinião . Como vivo na urbe , tento ser educado sem servilismos, e não atender ( sim contrariadíssimo por vezes) á farsa das regras, que alguns fanfarrões imbecis, nos impõem .
Desculpem “qualquer coisinha” . Esta critica intrínseca é só porque não concordo – em parte - com a vossa visão das coisas …

Ora sem mais ... jantemos !