quinta-feira, 9 de junho de 2011

Violência nas Escolas de Campo Maior

Temos assistido nos últimos tempos ao aparecimento de casos de violência que vão sendo mediatizados pela comunicação social e que as redes sociais se encarregam de disseminar por todos, umas vezes até pela mão dos próprios agressores. Palavras como Bullying entraram no nosso vocabulário como forma de descrever as agressões, físicas ou psicológicas, por parte de um grupo a um indivíduo.
Por Campo Maior parece que o fenómeno é menos mediático no entanto, tal como se diz das bruxas, não acredito mas que as há...há! Ou se preferirem, podem não estar videos no Facebook ou no Youtube mas existem casos de agressão a funcionários e até a professores.
Parece que a escola deixou de ser um local de culto para o saber e conhecimento. Ou talvez tenha sido sempre assim mas agora o mediatismo tenha colocado a violência no foco das atenções.
Talvez valha a pena recordar Nietzsche: “Como o homem de acção, segundo a expressão de Goethe, é sempre desprovido de consciência, ele também é desprovido de saber, esquece a maior parte das coisas para fazer uma apenas”. Ou concluindo eu, se a escola não fornece saber acabaremos por ser desprovidos de consciência!

4 comentários:

Anónimo disse...

Não acredito que haja violência ou qualquer desacato nas escolas de Campo Maior!
Parece-me que reina um ambiente propício ao desenvolvimento harmonioso das nossas crianças. O que se fala é pura fantasia e especulação com o intuito de denegrir os nossos dirigentes educativos.
A violência ainda está longe do nosso cantinho.

Debra disse...

O Bullying, ao contrário do que muitos pensam, não é um fenómeno recente. Baseio a minha afirmação no simples facto de cada um de nós ter ainda presente nas suas memórias de infância, rostos de crianças ou jovens que sofriam humilhações diárias.
A par das agressões físicas, as agressões psicológicas também são evidentes, tendo os agressores como alvo da sua ira colegas, funcionários das escolas que frequentam e até mesmo professores.
O bullying é um problema social cuja dimensão é desmedida. E, ao tentarmos descortinar as razões da sua existência, embatemos de frente com a tremenda crise de valores que mina a sociedade dos dias de hoje.Deparamo-nos com crianças e jovens cuja formação de personalidade foi negligenciada por aqueles que tinham como dever fornecer um suporte emocional consistente.

Anónimo disse...

Há já cerca de dois anos o blog Campo Maior Jovem tinha noticiado violência em meio escolar ou o seu recente nome bullying, mas nessa altura ninguém acreditava que isso pudesse acontecer e por isso nada foi feito para evitar que tais actos acontecessem, nem um inquérito, nem averiguações, nem uma simples auscultação de alunos foi feita para constatar se tais factos eram certos. É impressionante a incompetência ou desleixo de certos cargos executivos das escolas quando algo deste tipo acontece. É mau quando o orgão executivo não sabe, porque mostra um completo desfasamento entre o "mundo" das pessoas que pertencem a esses orgãos e o "mundo" real dos alunos, mas é ainda pior quando se sabe e nada se faz para remediar, dizendo que são brincadeiras de miúdos. É necessário que se tome atenção ao que é dito, principalmente em relação a assuntos sérios como este, e quando são assuntos quase sem importância é-lhe dado um peso que na realidade nem merece!

Cumprimentos

Alguém que sabe do que fala

Jaime Carmona disse...

Para que a escola volte a ser um local de culto ao saber é necessário instaurar um regime de exigência ...máxima!
Precisamos de suspender o actual programa virado para o aspecto estatístico. Assumindo que, durante um determinado período,apenas contará o real desenvolvimento dos alunos, talvez assim alcançaremos o que todos achamos ser uma miragem. É necessária coragem de todos os seus intervenientes, sem excepção! Os professores não deverão ter medo de o assumir, os pais talvez precisem de se consciencializarem do actual estado, agora, e os dirigentes? Por dirigentes incluo os responsáveis pelas escolas e os políticos (nacionais ou locais). Mas como não devemos esperar por movimentos nacionais, a nível local, estaremos preparados para o fazer?
Não é uma crítica, apenas uma pergunta que mereceria ser respondida. Estaremos preparados para assumi-lo? Quero acreditar que é possível fazê-lo e chegar a uma plataforma de acordo que vise melhorar as perspectivas académicas e de vida dos jovens campomaiorenses.
Atenção! Não se trata de suspender a democracia por um certo tempo, (cuidado com as interpretações!) apenas seria um compromisso colectivo de tentar mudar o actual rumo do ensino. E não esperemos que alguém, num gabinete na 5 de Outubro, alguém se lembre de fazer algo por Campo Maior. Se não forem os principais interessados, quem o fará?