Percorrendo os Balanços Sociais das Autarquias recentemente publicados é possível traçar o perfil dos trabalhadores que exercem funções na Adminsitração Local. De entre os dados destaco que 25% destes trabalhadores têm apenas a quarta classe e estão colocados quase esclusivamente em carreiras de assistente operacional. E apesar de 18,3% ter licenciatura e de 18,2 ter o 12º ano, o número de trabalhadores com 6º ou 9º ainda é significativo (14% e 17% respectivamente).
Também podemos dizer que 24% dos trabalhadores estão nas autarquias há menos de 5 anos enquanto que a maioria (60%), está na autarquia até há 14 anos.
Existem 13 funcionários por mil habitantes, ou seja, cada trabalhador municipal serve em média 78 habitantes. No entanto, no Alentejo, este rácio sobe para o dobro da média nacional (26 por mil).
Estes números reflectem várias realidades: a primeira é que se é verdade que mais formação significa mais produtividade nas autarquias ainda há muito espaço para este aumento de produtividade. A segunda realidade, é que infelizmente no Alentejo as autarquias são os principais empregadores.
1 comentário:
Esta é a imagem real de um problema de que muitos falam sem que a maioria entenda o que querem dizer quando dizem que os nossos problemas não são conjunturais mas estruturais.Eu diria mesmo que infra-estruturais. Temos um Estado que emprega, não para garantir serviços, mas para garantir empregos.
A péssima gestão autárquica que temos,é ignorante, despesista e oportunista e um dos maiores problemas, constituíndo um pesado obstáculo a qualquer possibilidade de vencer o atraso e a estagnação a que estamos condenados.
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