Quando ocorreu a derrocada das muralhas houve a expectativa que o problema do Mártir Santo poderia ser resolvido rapidamente. Desde logo pensei que tal não ocorreria, dado que não seria por haver a derrocada que se resolveria um assunto com anos de impasse.
Não tenho notícias sobre o que aconteceu desde então nem sei que medidas foram tomadas. O post de hoje fala da experiência vivida em Beja e esta semana noticiada na imprensa.
Segundo essas notícias a mais conhecida organização não governamental de defesa dos ciganos na Europa acusa Portugal de violar princípios básicos de cidadania. A European Roma Rights Centre apresentou uma queixa ao Conselho da Europa e em causa está a solução encontrada pelo município de Beja para realojar os indivíduos de etnia cigana. Segundo os fundamentos da queixa as famílias ciganas foram realojadas na periferia, não receberam casas adequadas à dimensão dos agregados e não havia infra-estruturas de apoio. O anterior presidente da câmara justificou esta situação com o facto realojamento ser feito contra a maioria da população. Lá como cá, as pessoas não entendem porque é que se há-de dar casas aos ciganos.
No entanto, o que eu achei como positivo foi as alterações já introduzidas pelo actual presidente da câmara de Beja. O actual presidente tem em marcha um projecto de contratos de responsabilização mútua em que os direitos têm que ser acompanhados de deveres cívicos. Na prática os ciganos recebem casas e em troca comprometem-se a manter as casas em condições de salubridade, participar em programas de ocupação profissional e pagar a renda e a água. Caso contrário perdem o subsídio de reinserção social.
Não sei o que os leitores acham mas esta medida do contrato de responsabilização mútua parece ser uma opção positiva. Pelo menos penso que merecerá, esta experiência, ser acompanhada por quem de direito!
6 comentários:
olá en Campo Maior vão fazer um bairro social para os ciganos e não ciganos, porque há muitos campomaiorenses que estão ainda pior que os ciganos, eu penso que já começaram as obras, ao meu ver acho bem que os ciganos vivam juntamente com os que não são ciganos, só assim se pode terminar com esta situação acabar com o geto em Campo Maior, um abraço
A eterna discusão do Martir Santo que continuará para a eternidade ao que parece o actual Executivo que tudo prometeu, aos poucos pretende que uma das suas bandeiras de campanha caia no esquecimento, dai a falta de esclarecimento sobre o assunto que nem mereceu uma referencia no jornal municipal, depois de tudo o que foi dito e prometido merecia uma palavra sobre as grandes decisões tomadas ou sera que não houve .Esqueçam o Burrica e começem a trabalhar, que de floreados estamos fartos.
Và là, não seja sectàrio e publique os comentàrios que não são ofensivos, não citam nomes mas destapam a demagogia e o golpismo de quem gere os destinos desta terra.
Não sei se è desse tempo, mas de censores ficàmos fartos com o regime anterior.
Caro Garcia, depois de ler o que escreveu.
Pergunto e a Camara já informou as pessoas que vão viver paredes meias com os ciganos?
È q o sr. mora ai paredes meias com eles e só os quer ver ao longe!
Quem vai ser entalado?
olá anonimo das 17,30, as pessoas que vão viver nesse bairro social já foram todas contactadas ciganos e nao ciganos, há pessoas a viverem piores do que os ciganos, que tambem precisam de habitação, por isso é que estão a fazer já esse dito bairro social, um abraço
Sr. Garcia está muito mal informado o bairro que vai ser feito é pertença de uma empresa privada e ao que se sabe estas habitações de caris social são para venda.
Daí que não estou a ver os ciganos a comprar habitações com dimensões tão reduzidas. A não ser que o Municipio esteja na disposição de comprar essas mesmas habitações com o nosso, dinheiro, dos impostos, cometendo assim, uma injustiça de todo o tamanho.
Espero que o actual executivo não caia nesse tremendo erro, localizar essas pessoas junto ao parque escolar, junto há Tecnidelta, há Cooperativa porque vai de certeza criar outros problemas mais graves que os actuais.
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