Pois é...aquilo que foi tantas vezes negado parece tornar-se realidade. Vamos ter mais impostos, vamos ter que apertar o cinto usando uma frase do Dr. Mário Soares quando há muitos anos atrás o FMI veio em nossa ajuda para evitar a bancarrota.
Hoje aqui no Decampomaior, a discussão podia ser se é legitimo aumentar os impostos ou devia o Estado e Autarquias cortarem na despesa corrente. Sinceramente, acho que devia ser a segunda hipótese mas não é essa a mensagem que quero aqui passar hoje.
O que eu quero aqui dizer e lançar como tema é que me parece, e digo uma vez mais, que quando há investimentos sem retorno alguém mais tarde acaba por pagar a factura. E quando digo investimentos não estou a falar de TGV's nem Aeroportos, estou a falar de outros investimentos, não tão pomposos mas que nos sugam o sangue sem darmos conta. Falo dos Carnavais e Arraiais que um pouco por todo o país as autarquias fizeram para entreter o povo. Uma espécie de Pão e Circo como na antiga Roma. Falo também dos rios de dinheiro gastos em Formação que foi dada por gente sem formação e recebida por gente que se inscrevia para receber o subsídio de refeição. É acima de tudo a falência de um sistema de política pequena e miudinha de pessoas que umas vezes como presidentes, outras como vereadores ou até outras como assessores vão perpetuando-se nas instituições querendo fazendo-nos pensar que o bom tempo ainda está para chegar quando na realidade o tempo deles já passou!
Se o chineses tem a mesma palavra para designar crise e oportunidade, espero que esta crise nos dê a oportunidade de mudar o rumo das coisas!
4 comentários:
É de facto escandaloso! A maior parte dos grandes desmandos que se têm praticado neste país, são atribuíveis às autarquias. Mas como se trata de pequenos desmandos que, só somados tomam grande importância, os senhores jornalistas não se incomodam a denunciá-los. que lucro traria isso para as Felícias deste país? Quantos autarcas já perderam os mandatos por má gestão dos bens públicos? Quantos foram condenados por nepotismo, compadrio, subornos e todas as outras formas de corrupção?
Em contrapartida todas essas práticas têm garantido a reeleição de todos os oportunistas que têm ocupado os lugares de decisão no poder autárquico.
É claro que a "canalha" via pelo "Panem et circensis" e que isso afasta as pessoas decentes que se vão remetendo para uma cúmplice indiferença. Por isso mesmo é preciso inspeccionar, inquirir, julgar e condenar. Só assim se podem legitimar os actos de gestão e os procedimentos.
Acima de tudo é preciso obrigar as autarquias a cumprirem os seus programas e planos de actividades que devem ser estabelecidos de acordo com as funções que estão definidas na lei.
Porque razão andam as autarquias a servir de agências de viagens para organizarem passeios e excursões? Porque hão-de funcionar como empresas ou associações de animação sócio-cultural, organizando espectáculos, festanças e bailaradas?
A razão é simples porque tudo isso é feito com a única finalidade de assegurar a reeleição dos que ocupam os lugares de gestão das autarquias. A chamada cultura que dizem promover, não passa de uma artimanha para caçar votos, estupidificando os eleitores.
Não seria mais correcto promover o associativismo para depois apoiar as suas iniciativas? É claro que o associativismo promove a participação activa e desperta a consciência cívica e isso não agrada aos que entende o exercício dos cargos públicos como uma oportunidade para se beneficiarem.
Por enquanto não vou mais longe nos meus comentários, mas não consigo entender como se pedem sacrificios ao povo,e economistas falam na necessidade da redução da despesa pública mas não leio nem ouço ninguém falar, no número
excessivo de deputados na A.República. Quanto custa ao país? Porque além dos vencimentos têm regalias socias que qualquer trabalhador dificilmente conseguirá atingir.
Estou de acordo com o que o anónimo das 21h39 disse,para um país como o nosso quaisquer 40/50 deputados serviam. Vejam só a popuança: 270X4.500 € = 1.215.000 €X14 meses = 17 milhões de euros(Isto só em vencimentos, que possivelmente até serão mais altos).Com toda a redução de custos agregados, iria para os 50/60 milhões.Mais uma tributação de 50% para os vencimentos acima de 500.000 € / ano, resolviamos em grande parte o nosso deficit. Mas então e a coragem ???
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