Depois de termos preenchido os jardins do Palácio de Belém com cravos de papel, eis que as gentes de Campo Maior não param por aqui e segundo uma notícia do Jornal "O Mirante".
"São feitas em papel de seda de todas as cores e formatos. Ao todo foram confeccionadas mais de dez mil flores para a festa que encheu no dia 20 de Abril o Pavilhão do Parque Urbano do Cevadeiro, em Vila Franca de Xira. Distribuídas pelas lapelas, em colares, nas decorações ou nos arcos das marchas de cada uma das instituições de apoio ao idoso do concelho, a flor foi o mote para um dia de animação e convívio entre os cidadãos seniores do município.
Na Casa de São Pedro de Alverca há quem ensine a trabalhar os materiais para os transformar no produto final. “Tivemos ajuda de duas senhoras que fazem a festa da flor em Campo Maior, no Alentejo. Trouxeram-nos os moldes e ensinaram-nos como fazer as flores”, diz Aurora Santos, 67 anos, enquanto vai marchando ao som da música. São feitas em papel de seda de todas as cores e formatos. Ao todo foram confeccionadas mais de dez mil flores para a festa que encheu no dia 20 de Abril o Pavilhão do Parque Urbano do Cevadeiro, em Vila Franca de Xira. Distribuídas pelas lapelas, em colares, nas decorações ou nos arcos das marchas de cada uma das instituições de apoio ao idoso do concelho, a flor foi o mote para um dia de animação e convívio entre os cidadãos seniores do município."
Na Casa de São Pedro de Alverca há quem ensine a trabalhar os materiais para os transformar no produto final. “Tivemos ajuda de duas senhoras que fazem a festa da flor em Campo Maior, no Alentejo. Trouxeram-nos os moldes e ensinaram-nos como fazer as flores”, diz Aurora Santos, 67 anos, enquanto vai marchando ao som da música. São feitas em papel de seda de todas as cores e formatos. Ao todo foram confeccionadas mais de dez mil flores para a festa que encheu no dia 20 de Abril o Pavilhão do Parque Urbano do Cevadeiro, em Vila Franca de Xira. Distribuídas pelas lapelas, em colares, nas decorações ou nos arcos das marchas de cada uma das instituições de apoio ao idoso do concelho, a flor foi o mote para um dia de animação e convívio entre os cidadãos seniores do município."
Ora isto se por um lado parece bonito por outro lado levanta-me sérias dúvidas. Parece-me que o povo, essa entidade abstracta, que faz as Festas quando quer, anda a espalhar a arte por esse Portugal fora. Parece-me que estas iniciativas se por um lado promovem a festa por outro lado matam-na já que não há controlo sobre o que se faz nem ninguém sabe quem faz.
Sempre achei que as Festas podiam tornar-se uma indústria para Campo Maior, mas enquanto alguns elementos mais ortodoxos diziam ser isso uma blasfémia, eis que outros elementos começaram eles próprios essa indústria mas sem controlo e em proveito de alguns poucos.
5 comentários:
Parece-me que tem de introduzir aí uma excepção, em Campo Maior. Na Academia Sénior, fazemos por manter a tradição das flores de papel, sem qualquer intuito comercial. Frequentam a Oficina das Flores de Papel pessoas que sabem fazê-las, mas também algumas que estão a aprender. Com isso, procuramos manter viva uma tradição que está a desaparecer muito mais rapidamente do que as pessoas podem imaginar. Nós temos uma percepção clara disso pelas pessoas que frequentam a oficina.
Além de a Academia Sénior não ter por princípio estabelecido fins lucrativos, também por princípio, deve estar ao serviço da comunidade na medida das suas disponibilidades. Por isso, correspondemos aos pedidos que outras instituições nos vão fazendo.
Desde que a oficina funciona temos terminado o ano lectivo com a ornamentação da CURPI e exposição de flores aí confeccionadas.
Corroboro com a sua apreciação e diria mais que há Pessoas em Campo Maior que por esse facto, no meu entender, tornaram-se em marcenários da nossa Cultura, das nossas Tradições.
Há muito anos que eu debato esse problema, não nos podemos esquecer que muitas das imitações que se fazem por todo o País (Redondo, Alvalade do Sado, Tomar, Cartaxo e outras) surgiram porque os nossos marcenários as ajudaram a construir.
Passem pelo arquivo do meu blogue e aí encontrarão muitos artigos sobre as Festas do Povo onde debato esse tema. Em tempos sugeri na Assembleia Municipal que a Câmara deveria registar a patente das Festas.
Efectivamente a Academia Senior é uma excepção que desde aqui, não só ressalto como também, e principalmente, distingo, homenageio e agradeço por esse trabalho desenvolvido para preservar um dos elementos mais marcantes de Campo Maior
mas nao e so a ac senior tambem industrias de grande nome como delta que faz flores para destribuir no dia dos namorados e da mae que nao acho bem porque as flores sao do povo de campo maior........
As Festas são mesmo quando o povo quer ou quando o povo pode?
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