quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

É a Economia, estúpido!

Segundo li há dias Bill Clinton tinha esta frase num memorando na secretária para se recordar que na Economia precisava de aumentar o emprego e as exportações.
Nos tempos que correm também podiamos pegar na frase mas deveriamos torna-la mais abrangente pois precisamos de tudo: emprego, exportações, baixar a dívida, baixar o défice e um não mais parar de pedidos!
Por cá foi semana de Orçamento de Estado com todas as novidades e discussões que isso acarreta. Todas as medidas estão a ser escalpelizadas pelos comentadores e especialistas.
De entre todas destaco uma para ser comentada aqui no Decampomaior: apesar de já haver a regra de só ser admitido para a função pública um funcionário por cada dois que saiem, eis que este orçamento transforma essa regra numa proposta firme do projecto de lei. E atenção, estende essa regra também às autarquias. É claro que as autarquias vão poder "jogar" com os contratos, mas lugares no quadro em troca de favores eleitorais vão ser mais difíceis.
Concordam com esta medida? Quando li não fui capaz de não pensar nas pessoas que estão nas piscinas sem nenhuma actividade mas que entraram porque era ano de eleições. Gostava que toda a gente tivesse emprego mas com algo de produtivo para realizar. São esse tipo de situações que levam ao despesismo excessivo. É a Economia!

2 comentários:

siripipi alentejano disse...

O problema da função pública já se vem arrastando há alguma tempo, diz-se que há funcionários em excesso, que as despesas com pessoal são enormissimas, mas a verdade é que não há vontade politica de resover esta questão, é um tema melindroso e polémico.
O novo orçamento do Estado impõe essa medida, por cada dois funcionários só um entrará e na vizinha Espanha a regra é para cada dez funcionários que saiam só entrará um.
Esta regra não é obrigatóriamente aplicada às Autarquias, o Orçamento de Estado sugere que a respeitem. A verdade é que as Autarquias têm limitações na admissão de Pessoal porque o Dec-Lei nº 116/84, ainda em vigor, determina que os Municípios não podem gastar em Pessoal do Quadro uma verba superior a 60% do valor das receitas correntes cobradas no ano anterior e em relação ao pessoal além do quadro (contratados e avençados) os gastos só podem ir até 25% dos gastos com o pessoal do quadro.
A maioria das Autarquias não cumpre estes preceitos para poderem colmatar o desemprego, por iso as Despesas Correntes engrossam e faltam verbas para Investimento.
Se um Concelho quer desenvolver-se e apostar no investimento tem necessáriamente de fazer contenção nas Despesas com Pessoal.
No caso de Campo Maior as Despesas com Pessoal representam 5.760.100,00 € ou seja 48,51% das Despesas Correntes num orçamento der 18.847.860,00 €.
siripipi-alentejano

Anónimo disse...

Um orçamento já de si muitooooooooooooo inflacionado. Vamos ver agora o grau de execução