segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Cem Anos de República!

Iniciaram-se este fim-de-semana o conjunto de actos que se realizarão de forma a comemorar os cem anos da República Portuguesa. Foi precisamente na madrugada de 31 de Janeiro de 1891 que uma guarnição no Porto se sublevou, levando a que houvesse república durante apenas três horas. Os historiadores reconhecem este episódio como um acto isolado, alguns nem lhe reconhecem a relevância para início do processo, no entanto foi no Porto que este fim-de-semana se iniciaram os festejos. Como "gatilho" fundamental é mais, comumente, reconhecida a célebre questão do Mapa Cor-de-Rosa, onde Portugal cedeu às pretensões Britânicas de unificar todo o continente africano desde o Cairo até à Cidade do Cabo. A Monarquia acabou por ceder os territórios onde é hoje o actual Malawi e acabou também, por arrasto, por ceder a sua posição de sistema político vigente.
Se é verdade que durante estes cem anos vivemos durante boa parte deles em ditadura, que balanço podemos fazer deste sistema? Acham que deveria haver um referendo? Acham que a figura do Presidente da República é respeitada? Deveria ter os seus poderes reforçados? Resumindo, o que acham os campomaiorenses desta questão?

1 comentário:

Dr. Estranho Amor disse...

Como diz o lendário Alberto Gonçalves: “…comemorar a 1ª República é igual a comemorar o dia em que o nosso tio-avô contraiu sífilis”.

A 1ª República, uma coisa obscura e nebulosa para a maioria da população, é o perfeito exemplo como a História é sempre escrita pelos vencedores. A 1ª República foi uma época em que direitos cívicos como a liberdade de expressão e a liberdade de voto foram dizimados e cujos nobres “ideais” afundaram o que restava de país. Uma experiência nefasta que culminou numa prolongada ditadura fascista e, posteriormente, numa frágil democracia que, isso sim, ainda conserva alguns desses “ideais” que campearam em 1910: oportunismo, pato-bravismo, nepotismo.

Para comemorar, sem dúvida.