segunda-feira, 30 de novembro de 2009

De Espanha nem bom vento...

Dia 1 de Dezembro comemora-se a Restauração da Independência. Passam 369 anos desde que foi coroado D. João IV, pondo fim a 60 anos de domínio espanhol.
Passados estes 369 anos, verificamos que a independência ou influência entre países joga-se em tabuleiros bastante semelhantes aos daquela época. Há a influência económica, há a localização dos centros de decisão. Todos estes são os factores que agora determinam o peso específico de cada país.
Mais, na semana passada o primeiro ministro espanhol, propos que Portugal e Espanha actuem a "uma só voz" dentro da União Europeia. As autoridades portuguesas retorquiram dizendo que "as relações já são bastante estreitas". O nosso Saramago não teve qualquer receio em dizer que Portugal e Espanha deveriam constituir uma União Ibérica. Na minha opinião, penso que tal não seria necessário, e acho que cada país deveria manter a sua identidade. No entanto, numa coisa estou de acordo, as relações com Espanha tem que ser estreitas e proveitosas para ambos países.
Ora, neste contexto, gostava de inserir Campo Maior. Campo Maior é por excelência uma vila da "raia", que teve a sua história, várias vezes, atravessada pela presença Espanhola.
O Presidente Ricardo Pinheiro disse na campanha que nos devemos virar para Espanha. Penso que é, sem dúvida, um dos grandes vectores estratégicos da vila. E lá teremos que falar pela milionésima vez da estrada do Retiro...
E vocês o que acham? De Espanha nem bom vento nem bom casamento...ou pelo contrário Oh bela Rua Direita entrada das espanholas?

1 comentário:

Um de Campo Maior disse...

Não são as fronteiras que marcam a diferença. A diferença é marcada pela cultura e as culturas não conflituam. Entendem-se. Porque, se entram em conflito negam-se e tornam-se contra-culturas. Gosto de ser português mas isso não me torna estupidamente anti-espanhol. A tendência geral dos povos será par se irem unindo para que assim possam acentuar mais a sua identidade.
Não sou iberista. Sou Humano e cidadão do mundo. É nessa realidade que gosto de me afirmar enquanto português. A nossa universalidade advém da nossa história, da nossa língua e dos nossos genes misturados com os genes dos povos de todo o mundo.