segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ter ou não ter festas, eis a questão

Os campomaiorenses têm sido, nos últimos dias, convidados para vários eventos de carácter cultural e recreativo. Se por um lado temos o evento das Tradições a decorrer, já é anunciado o tradicional Almoço dos Avós bem como a bienal Feira Nacional da Olivicultura. Se é inegável que de tudo isto o actual elenco camarário pretende retirar dividendos políticos eu gostava, com este meu primeiro tema, que deixassemos de lado a política e que cada um de vós, esquecendo as vossas convicções sobre as eleições autárquicas opinasse sobre o seguinte:
São eventos a mais para tão curto espaço de tempo?
São eventos demasiados dispendiosos para os proveitos que dai retiramos?
O calendário dos eventos é adequado? Pergunto pelo calendário anual.
O que vai acontecer à Semana das Tradições nos anos que houver Festas das Flores? São integradas? Um evento abafa o outro?
Vale a pena transferir a Semana das Tradições para Agosto para revitalizar a nossa Feira, ou pelo contrário devemos deixar morrer esta última lentamente?
E a Feira da Olivicultura? Passam os anos, e que evolução e benefício tem Campo Maior retirado dela?
Mais uma vez repito, comentem sem cores políticas, façam comentários francos e construtivos!

6 comentários:

siripipi alentejano disse...

A minha consciência ficaria aborrecida se eu ficassa mudo, não é o meu estilo. Como Campomaiorense tenho muito que falar sobre estas pseudo manistações culturais que diariamente são posta ao nosso dispor.Os eventos que enumerou vão custar aos cofres municipais mais de 150.000.00 €. As Festas também são necessárias e o Povo gosta destas manifestação, todavia, esse dinheiro seria mais bem aplicado na aquisição de manuais escolares para todos os alumnos do Concelho e o dinheiro que sobrasse, que ainda seria muito, poderia ser aplicado no Cartão do Idoso permitindo que os nossos idosos tivessem uma comparticipação de 100% nos medicamentos, bastaria que esse benesse fosse atribuída a todos os reformados com reformas inferiores ao vencimento mínimo.
Quanto à essência da Semana das Tradições e Varandas Floridas (antes janelas de S.João) dir-lhe-ei que é uma fantochada é um show off para angariar votos. A Feira da Olivicultura só serve para meia dúzia de oliviculturos, o resto é paisagem Hoje encontrei na internet os custo de algunas acções: Aquisição por 5.000,00 € a uma empresa local, de papel para flores e ornamentações para as Varandas (este anos só existem pouco mais de 15 varandas), também foi publicado o contrato com a empresa fornecedora de 400 refeições para A Feira da Olivicultura no valor de 5.900,00 €.
Brevemente serão publicados os valores dos contratos das Refeições, transportes e cachet dos Ranchos Folcróricos e dos artista que vão actuar na referida Feira(A Ana Moura não vai custar menos 10.000,00€)
Finalmente reitero tudo o que já escrevi sobre esta Semana das Tradições, no ano passado apresentei na Assembleia Municipal uma Nota de Protesto, mas continuo a defender que a nossa Cultura e as nossas verdadeiras Tradições estão nas Festas das Flores.
Campo Maior, 31 de Agosto de 2009
siripipi-alentejano

Observador disse...

Já que se fala de festas em Campo Maior, que tal a notícia de que o Município de Marvão vai realizar a 1ª Feira do Café, de 11 a 13 de Setembro?
Fará algum sentido que tal aconteça fora do Município de Campo Maior e no Alentejo mais interior?
Sentido não faz nenhum. Mas nós, os de Campo Maior, sabemos bem a razão por que isto acontece. E a razão é bem mesquinha, mostrando a falta de classe de certa gente para ocuparem determinados cargos e funções. Quem confunde os seus ressentimentos e raivas pessoais com a obrigação assumida quando se é eleito para cargos públicos, não devia desempenhar essas funções. É uma vergonha que isto aconteça e isto acontece devido à cumplicidade de muitos campomaiorenses. A mim causa-me vergonha.
Entretanto, temos as "tradições", com os lamentáveis desfiles dos "ranchos", sempre iguais. Nisto se está a transformar a nossa terra. Uma montra do que pior se faz por essas aldeias fora.
Outro apontamento é o facto de, na publicidade feita pela câmara, o tão proclamado "Festival de gastronomia" se resumir a encher os restaurantes com os figurantes que durante a semana vão passando pelas ruas e palcos da vila. Porque, duvido que atraiam gente de fora que justifique tanto barulho.
Assim vão gastando o dinheiro que sai dos bolsos de todos nós.

Paulo disse...

Tem muita razão para fazer todas as perguntas que faz acerca do que se faz em Campo Maior sob a aba da "cultura" e com o nome de "festas" e de "tradições". Isto chegou a um descaramento tal que já nem sabemos o que pensar e o que dizer de toda esta escandalosa situação. Então, governar um concelho resume-se a obras de fachada e a realizar estas festarolas sem raízes nas tradições do nosso povo?
É bem verdade o que já foi escrito por alguém: com menos dinheiro do que se delapida em tudo isto, podiam-se fazer regularmente as Festas do Povo. Essas sim, uma tradição genuína da nossa gente. Essas sim, um acontecimento que envolve e beneficia muita gente em Campo Maior. Essas sim, uma realização que dá fama e bom nome à vila de Campo Maior.
O descaramento chega a tanto que se vai para cima de um palco gritar que se é pelas Festas, quando na realidade nada se fez para que elas aconteçam. Há, de facto, quem tenha tanto descaramento que faz sucessivamente as mesmas promessas sem qualquer intenção de as vir a cumprir.

siripipi alentejano disse...

Ao Observador disse: Estimado/a Campomaiorense, eu sou um defensor acérrimo da nosa Cultura, das nossas Tradições, dos nossos Usos e Costumes e de tudo o que diga respeito à nossa Terra. Inicialmente comecei por defender as Festas do Povo uma vez que começaram a surgir por todo o lado, imitações de fraca qualidade da nossa maior Tradição e fonte de Cultura, no Órgão a que pertnenço (As.Mun.). Sugeri que a Câmara Municpal tentasse junto das Instâncias Superiores registar a patente das Festas com a finalidade de acabar com as imitações.
Quanto ao Café escrevi um artigo em Maio de 2008, publicado neste Blogue, que intitulei de " Campo Maior a Capital do Café" , nesse trabalho sugeria que a Câmara Municipal, em homenagem à Industria do Café, passasse a cognominar : "Campo Maior a Capital do Café! basta ver o que se passa por esse Portugal - Paços de Ferreira a Capital do Móvel; Felgueiras a Capital do Calçado; Extremoz a Capital do Mármore, etc.
É bom que defendamos os nossos interesses, porque se o não fizermos, niguém toma essa iniciativa.
siripipi-alentejano

Anónimo disse...

Coisas da minha terra...

Os que se enfurecem , pela actual presidência da câmara fazer muitas festas... são os mesmos que reclamam por mais ” festas” !!!

... Feira do café em Marvão !!!

...mas a câmara proibiu alguém de fazer em Campo Maior tanto uma como outra ?

Observador disse...

Anónimo das 13:51
Sou dos que entendem que as festas que vocês fazem não têm qualquer sentido ou razão que demontre que são feitas para bem do povo e da cultura de Campo Maior. As vossas intenções e objectivos são outros. Por um lado, adormecer o povo com tontices para que, por outro lado, ele vos apoie e garanta a manutenção no poder. Chama-se a isto demagogia.
A questão não é fazer mais festas mas fazer as que seriam significativamente importantes e coerentes com os aspectos culturais, sociais e económicos da vida campomaiorense. Qualquer autarca de boa-fé entende que assim deve proceder. Vocês são a excepção que se torna escândalo pela incongruência e falta de clareza com que decidem as coisas à revelia dos interesses locais.
Quanto à 1ª Feira do Café, informo que ela é promovida pela Câmara Municipal de Marvão por existirem algumas torrefacções de café no seu território. Entende?