quinta-feira, 26 de março de 2009

E se fosse por cá?

Uma notícia do "Jornal de Notícias" Domingo, Março 08, 2009 que não resisto a partilhar...
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"A Câmara de Guimarães vai instaurar uma contra-ordenação à Junta de Freguesia de Ronfe por corte indevido de árvores.
Em causa estão quatro árvores que a Junta decidiu abater por alegadamente estarem a danificar passeios. "Uma asneira crassa" diz o autarca António Magalhães.
A Junta de Freguesia de Ronfe (uma das nove vilas do concelho) decidiu abater quatro árvores que estavam junto ao cemitério local. Segundo o autarca de Ronfe, Daniel Rodrigues, as raízes das árvores estavam a destruir os passeios junto ao cemitério. E por isso, decidiu abatê-las.
A Polícia Municipal de Guimarães esteve no local. O autarca Daniel Rodrigues diz que tentou contactar com o presidente da Câmara mas que tal não foi possível, tendo então decidido avançar com o corte, assumindo a responsabilidade numa informação escrita enviada à Câmara Municipal de Guimarães.
"Fui ao local e não gostei do que vi. Estamos a falar de árvores que tinham mais de 20 anos, umas foram cortadas rentes, o que constitui uma asneira crassa, porque demora anos a repor; outras foram cortadas de maneira pouco ortodoxa", disse o autarca, no final da última reunião camarária.
O abate ou poda de árvores é da competência da Câmara e não pode ser decidida de forma ligeira. "Não se pode fazer mal à Natureza que já é muito castigada".

Por uma vez, gostava de dar o benefício da dúvida ao autarca de Guimarães e elogiar mais o seu civismo e consciência ambiental, do que criticar a prepotência de um Presidente de Junta que, sem consultar qualquer técnico, decidiu abater várias árvores com mais de 20 anos.
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6 comentários:

Anónimo disse...

Se fosse por cá, o presidente da junta já tinha sido condecorado com a medalha de mérito municipal, com reforço de verba para continuar a "nobre" tarefa de abater todas as árvores que se atrevessem a estragar os passeios e os muros dos jardins.
O que é que vocês julgam? Nós por cá somos gente esperta e decidida.

Anónimo disse...

Pois claro! Para que raio servem a porra porra das árvores? Sujam as ruas, estragam os passeios, atraiem os pássaros e escondem as casas.
Abaixo as árvores! Viva o Burrica!

Anónimo disse...

NÓS POR CÁ ... vamos cantando e rindo como se nada mais existisse para além da nossa triste ignorãncia que nos torna alhgeios a tudo o que se passa no país e noresto do mundo.
De facto uma comunidade liderada sem empenho e sem competência está condenada à estagnação, porque não está sequer capacitada para escolher os que pudessem acabar com este marasmo.
Vamos ter mais do mesmo durante quantos mais anos?
Teremos que esparar que os que se amerzendaram no poder entrem em luta e se eleminem a si mesmos?
Sorte madrasta a nossa!

Anónimo disse...

Não que eu próprio não tenha os meus momentos de desânimo, quando assisto a toda esta tristeza que se está vivendo aqui na nossa terra.
Não que eu próprio não me deixe contaminar pela desesperança ao verificar que deslisamos para um destino absurdo, arrastados por gente que não tem a mínima consciência do que está a fazer a toda esta gente.
Não que não me pareça também que tudo isto não passa de uma peça de teatro de absurdo, em que cegos parecem conduzir outros cegos proclamando aos quatros ventos que vivem no melhor dos mundos possível.
Mas, quero animar-me e animar o "Desencantado" pensando que esta é apenas uma fase de pesadelo, que um dia saberemos sair dela e começaremos uma fase mais feliz. Só não sei é dizer quando é que isso será.E é isso que mais me desepera.

Anónimo disse...

Fúria arboricida é o que caracteriza o modo como o poder local não respeita o património arbóreo que recebeu dos seus antecessores. Porque uma coisa é cuidar,fazer as intervenções necessárias para manter as árvores saudáveis e outra coisa é mandar pessoal sem formação e sem a mínima de consciência do que estão a fazer, cortar indiscriminadamente as árvores que, assim, vão ficando cada vez mais fragilizadas o que serve depois como pretexto para as mandar abater.
Campo Maior está a ficar um deserto. Não são os canteirinhos que o sr. presidente pomposamente inaugura que salvam a situação porque no lugar deles estavam árvores frondosas que demoraram muitos anos a crescer e que ele mandou abater para se comprazer com o seu duvidoso gosto jardinístico.
Será que temos o que merecemos?

Zé Camões disse...

É uma vergonha o que se faz por esse "mundo fora",há mais formas de vida para lá da nossa espécie, podemos viver todos em harmonia, resta haver bom senso.
Bom fim-de-semana.