sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Do poder local e do património

1. No Monte do Coelho, o senhor Hélder Marques, comerciante em Arronches, descobriu já no ano de 1997, uma pedra com umas inscrições. Por julgar interessante, guardou-a... por ser um interessando por tudo o que é nosso património cultural, Emílio Moitas, aconselhou-o a dar conhecimento deste assunto à Universidade de Évora.
(Em reunião de Câmara) Por proposta da vice-presidente Maria Emília Correia da Costa (PS), foi estabelecido um contrato de depósito que permite à autarquia arronchense, salvaguardando o interesse do achado e do proprietário, que este possa estar presente no Museu de Arqueologia de Lisboa durante um período definido.
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2. O presidente da Câmara Municipal de Arronches, Gil Romão (PS), colocou para apreciação dos vereadores a hipótese de construção de uma réplica da Fonte d'Elvas, a fim de ser colocada no seu local de origem.
Esta ideia da construção de uma réplica prende-se, sobretudo, com dois aspectos. O primeiro é que para deslocar a fonte original para o seu lugar primitivo, era um risco, tendo em conta os anos de construção e a fragilidade das pedras que, ao serem tiradas e transportadas, podiam sofrer um dano lamentável; em segundo lugar, como existe um projecto para urbanização daquele local, faz todo o sentido estar no local o símbolo emblemático daquela zona.
In Notícias de Arronches, Fevereiro de 2009, p. 8 e 9.
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Comentário: Uns destroem, outros preservam. Assim, o património fica entregue aos caprichos dos que localmente detêm o poder. Uns destroem em nome do que chamam modernidade e invocando a inutilidade do que é antigo. Outros valorizam o antigo pelo carácter simbólico e emblemático que os vestígios do passado podem ter para a terra.

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