quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Da eternidade de certas verdades

"Se tivesses consciência plena da efemeridade da tua existência, não te afadigavas tanto a acumular bens que bem depressa deixarão de te pertencer. Pois, daqui a pouco, já não estarás nesta vida. Tanto mal provocas para conseguires benefícios de que vais usufruir por tão escasso tempo!
Ainda por cima pagarás com juros o mal que fizeres. Porque, se o Além existe, receberás como castigo o peso do arrependimento do mal que fizeste. Se não houver mais do que esta vida, os que depois de ti ficarem, ou te lembrarão com ódio, ou com desprezo, ou, simplesmente, se esquecerão que exististe.
Nada ficará a testemunhar aquilo que julgaste que eras. Porque, efectivamente, era pouco aquilo em que te tornaste."
(Homero, Ilíada, obra escrita há cerca de 3000 anos)

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