terça-feira, 25 de novembro de 2008

Das escolas e dos professores

Porque não se ouviram clamores de protesto, nem se fizeram grandes manifestações no longo tempo de laxismo, de degradação das escolas e da imagem dos professores em quem a Educação esteve mergulhada durante décadas no nosso país?
Porque foram os sindicatos de professores tão coniventes, tão silenciosos, tão cumplices e tão omissos com toda a enormidade em que se foi afogando a Educação no nosso país?
Porque é que os melhores profissionais da Educação tiveram de percorrer os caminhos da missão que a si próprios se impuseram, numa total solidão sem apoios nem aplausos, condenados a uma quase clandestiniadde perante a ditadura da mediocridade que se instalou numa grande parte das escolas deste país?
Porque há agora tantos que protestam quando antes havia tantos que sempre se calaram?
Porque é, apenas de fora das escolas, que soam as vozes que denunciam, como estas que começam a aparecer nos jornais?
Os sindicatos já reagiram. Mantêm as exigências, não aceitam as mudanças. E demonstram, cada vez com mais clareza, que, afinal, não querem nenhuma avaliação. E na base desta atitude está não quererem a diferenciação dos professores segundo a sua qualidade. O que, pelo menos em teoria, é o que está na base desta proposta. (D.N. Editorial de 21/11/2008)
Contraponham isto ao mimo de pensamento expresso nesta palavra de ordem gritada a plenos pulmões na manifestação do passado 8 de Novembro:
Categoria há só uma, a de professor e mais nenhuma! Comentada assim pela jornalista que a refere: Uma palavra de ordem que envergonha qualquer professor que defenda a dignificação da profissão e a qualidade da escola.

2 comentários:

Três horas da manhã disse...

Antes as profissões eram escolhidas por vocação agora são por necessidade e quando tal acontece e não se tomam medidas chegasse a esta estupidez!

Cumps

Anónimo disse...

Não se pede que as pessoas estejam no ensino por vocação, mas que desempenhem a sua função com profissionalismo. O que se tem visto na comunicação social só desvaloriza os professores e, o mais triste, é que eles nem sequer parecem ter consciência disso.
As últimas manifestações e as intervenções dos dirigentes sindicais, mostram claramente que os professores não querem ser avaliados. Ora, isto é inaceitável, quando toda a gente, incluindo os outros funcionários públicos são avaliados.