quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Da falta de sensibilidade social

Certos empresários e políticos que, geralmente, os acompanham, ou porque nos julgam parvos, ou porque nos pensam destituídos de memória, aparecem a defenderem despudoradamente em público o direito que lhes assiste a serem apoiados pelo Estado quando a vida não lhes corre a contento. Ou seja, quando os negócios correm bem e são fortes os lucros e proventos, clamam pelos sagrados direitos dos privados, do comércio livre, da livre concorrência, negando ao Estado qualquer direito de intervenção na vida das empresas. É nessa altura que assumem em pleno o princípio do “quanto menos Estado, melhor Estado”. Mas, quando as coisas desandam e os lucros se reduzem, “aqui d’el-rei” que o Estado deve vir em seu socorro e em defesa dos seus interesses.
Chega-se ao descaramento de contestar o misérrimo aumento de um salário mínimo nacional que só peca pela sua escandalosa exiguidade.
Que falta de sensibilidade social! Que falta de inteligência leva estes pseudo-empresários a acharem que o Estado deve garantir o lucro das empresas impondo salários ao mais baixo nível e reduzindo ao mínimo os impostos a cobrar às empresas?
Será que não entendem que a miséria sempre foi geradora de insegurança e origem de todas as revoltas?
Nos tempos de crise que se aproximam, convém ter ideias claras sobre estas questões.

1 comentário:

Três horas da manhã disse...

A crise social que se avizinha, será um momento em que a sensibilidade social terá de sair à rua.

A questão que aqui se mete é: Quem se deve ajudar e em que medida?

- Os empresários,pois "sustentam" os empregos;

- Os desfavorecidos socialmente;

- Ambos.

Acho que a resposta é ambos, porém com uma equidade e com algumas regras, pois nestes momentos existem sempre alguém que fique melhor do que estava.

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O problema dos nossos empresários é a falta de formação ética e o egoísmo, a maneira destes pensarem é: para mim e para mim, não existe solidariedade social.

Cumps