Já aqui o disse que não queria
ter, nestes últimos posts, temas muito complicados e que, antes de mais, se
estendessem por muito tempo. No entanto, este enredo do governo e desgoverno
leva-me a falar, em jeito de legado, de um tema controverso. Uma das propostas
que se tem falado para o acordo à esquerda tem sido o aumento do salário mínimo.
Parece ilógico não poder ser aumentado sem mais um salário tão reduzido. Há razões
económicas para que sim e para que não, e não vou entrar por aqui.
Antes gostava de referir um
exemplo que pode, a principio, ser considerado de gargalhada, mas que é um bom
exemplo de como se criar emprego, sendo este o principal problema nacional
atual.
A Entidade Reguladora para a
Comunicação quer que o canal Hot TV (um canal para adultos) emita mais produção
nacional e em português de Portugal (nada de brasileiras). Tenho para mim que
os diálogos dos conteúdos destes programas não são, propriamente, poemas de Luís
de Camões nem de Pessoa, mas não deixa de ser uma defesa para a língua
portuguesa e uma defesa dos postos de trabalho portugueses.
É apenas um exemplo, mas que
podia ser transposto para outras realidades. Enquanto esperamos por Godot, ou
seja pelo próximo governo, vale a pena meditar na forma de defender aquilo que é
nosso. E isso é algo que se aplica à realidade nacional e local.
Fica, em jeito de legado, o post
de hoje. Vejam o exemplo e reflitam, até porque o DeCampoMaior não vai durar
sempre.
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