segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Enquanto se espera por Godot

Já aqui o disse que não queria ter, nestes últimos posts, temas muito complicados e que, antes de mais, se estendessem por muito tempo. No entanto, este enredo do governo e desgoverno leva-me a falar, em jeito de legado, de um tema controverso. Uma das propostas que se tem falado para o acordo à esquerda tem sido o aumento do salário mínimo. Parece ilógico não poder ser aumentado sem mais um salário tão reduzido. Há razões económicas para que sim e para que não, e não vou entrar por aqui.
Antes gostava de referir um exemplo que pode, a principio, ser considerado de gargalhada, mas que é um bom exemplo de como se criar emprego, sendo este o principal problema nacional atual.
A Entidade Reguladora para a Comunicação quer que o canal Hot TV (um canal para adultos) emita mais produção nacional e em português de Portugal (nada de brasileiras). Tenho para mim que os diálogos dos conteúdos destes programas não são, propriamente, poemas de Luís de Camões nem de Pessoa, mas não deixa de ser uma defesa para a língua portuguesa e uma defesa dos postos de trabalho portugueses.
É apenas um exemplo, mas que podia ser transposto para outras realidades. Enquanto esperamos por Godot, ou seja pelo próximo governo, vale a pena meditar na forma de defender aquilo que é nosso. E isso é algo que se aplica à realidade nacional e local.

Fica, em jeito de legado, o post de hoje. Vejam o exemplo e reflitam, até porque o DeCampoMaior não vai durar sempre.

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