Ao longo destes 1000 posts Campo
Maior foi, direta ou indiretamente, o objeto deste blogue. Foi sempre esta
terra o motivo e o fim de escrever estas linhas. Houve derivas individuais é
certo, mas no fundo era De Campo Maior de que se falava.
A razão de ser disto é que,
simplesmente, gosto de Campo Maior, e gosto incondicionalmente. É certo que
esta terra não é fácil, que chega a ser madrasta, tal como na nossa cultura
popular se diz, mas é nesta terra que guardo as minhas recordações mais preciosas,
e é com esta terra que me preocupo e me alegro.
Gostar incondicionalmente é isto,
é gostar mesmo com os defeitos. Quantas vezes ouvimos dizer que aqui toda a
gente se mete na vida uns dos outros? Mas é mesmo assim, é gostar mesmo com a
cusquice das velhas (e das novas). Gostar da pronúncia, do “ontiagora”, do
sotaque, daquelas palavras que só nós conhecemos. Gostar, até mesmo, com
aquelas pessoas que depois de estarem fora um mês tentam disfarçar esse sotaque
tão nosso.
É gostar das nossas ruas, dos
nossos cantos e recantos mesmo aqueles que só vemos raramente. Por tudo isso
escrevi Campo Maior durante estes anos e 1000 posts. Nesta altura só posso
agradecer ter tido tal inspiração!
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