segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O Jogador de Xadrez

Mais governo, menos governo, “cá vamos andando com a cabeça entre as orelhas”, mas nesta altura também já não estou para escrever sobre esses assuntos que perdurarão, para além do DeCampoMaior, com toda a certeza.
Mas com esta dicotomia esquerda/direita não pude deixar de viajar pela história recente da humanidade e rever os anos da guerra fria, onde essa dicotomia estava latente, bem como os ideais que pareciam estar esbatidos nos dias de hoje.
E esta viagem chegou por via de um filme que retrata um dos maiores momentos da guerra fria. Na fria Islândia, travou-se uma das batalhas mais quentes deste período. Um jogo de xadrez, entre Bobby Fischer e Boris Spassky, enfrentava Estados Unidos e União Soviética ao mesmo tempo. Foi um jogo de xadrez transformado em jogo de orgulho entre as duas nações, temperado também por um jogo de espionagem digno do melhor Le Carré. Neste ambiente, sobressai a personalidade de Bobby Fischer, génio do jogo, que devolve aos Estados Unidos o título que era dos soviéticos há 24 anos.

Fischer fez do xadrez o seu refúgio, fazia dele a sua salvação, mas acabou por ser o xadrez a razão principal do seu isolamento. Mal comparado, até se podia dizer o mesmo do DeCampoMaior e deste Vosso escriba.

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