Mais governo, menos governo, “cá
vamos andando com a cabeça entre as orelhas”, mas nesta altura também já não
estou para escrever sobre esses assuntos que perdurarão, para além do
DeCampoMaior, com toda a certeza.
Mas com esta dicotomia
esquerda/direita não pude deixar de viajar pela história recente da humanidade
e rever os anos da guerra fria, onde essa dicotomia estava latente, bem como os
ideais que pareciam estar esbatidos nos dias de hoje.
E esta viagem chegou por via de
um filme que retrata um dos maiores momentos da guerra fria. Na fria Islândia,
travou-se uma das batalhas mais quentes deste período. Um jogo de xadrez, entre
Bobby Fischer e Boris Spassky, enfrentava Estados Unidos e União Soviética ao
mesmo tempo. Foi um jogo de xadrez transformado em jogo de orgulho entre as
duas nações, temperado também por um jogo de espionagem digno do melhor Le
Carré. Neste ambiente, sobressai a personalidade de Bobby Fischer, génio do
jogo, que devolve aos Estados Unidos o título que era dos soviéticos há 24
anos.
Fischer fez do xadrez o seu
refúgio, fazia dele a sua salvação, mas acabou por ser o xadrez a razão
principal do seu isolamento. Mal comparado, até se podia dizer o mesmo do
DeCampoMaior e deste Vosso escriba.
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