Missa e Futebol

Por um destes acasos da vida dei comigo, no domingo de manhã, em mares há muito não navegados, isto é, em sítio onde não entrava há muito. Há muito tempo os domingos eram dias de futebol e de missa. Nos tempos de agora não são, para mim, nem de uma coisa nem de outra, mas hoje até foram de futebol juvenil. E notam-se diferenças, a mais notada, talvez seja a presença de mães aguerridas e empenhadas no sucesso dos filhos, à procura do próximo Ronaldo. Os americanos chamam-lhe “Soccer Moms” e até controlam o tempo que os filhos jogam, pressionando os treinadores.

Tudo muda, até no aparentemente inofensivo futebol juvenil, mas também, e finalmente, em Cuba onde o bloqueio terminará graças à mediação do Papa Francisco, que também é adepto de futebol. Raul Castro, o líder da ilha, já afirmou, depois de um encontro no Vaticano, que é um homem novo e que voltará a rezar e a ir à missa.

E para terminar mudanças também na economia. Vejam só que a Inglaterra não cumpriu os critérios do défice ficando nos 5,2% e até a Finlândia, que tantas pedras nos atirou, não cumprirá a meta do défice nem da dívida. Nós, pelo contrário, vamos ficar abaixo dos 3% este ano. Um dia destes ainda daremos lições, quais catedráticos, aos países do norte. Tudo isto num domingo qualquer com missa e futebol.