…daqueles filmes ou espectáculos na maioria cantados. Lembro-me de ir ver
uma versão dos Miseráveis com o Russel Crowe e qual é o meu espanto quando o
menino começa a cantar todo o filme. Detesto o género mas também detesto que me
dêem música com conversas tolas. Prefiro a realidade nua e crua e li por ai um
artigo que dava conta da realidade nua e crua que se vive em Detroit. Em julho
de 2013, o administrador de emergência da cidade, pediu ao tribunal de falências
do estado do Michigan que decretasse a incapacidade de Detroit solver os seus
compromissos. Foi negociado um haircut, estabelecido um resgate e depois vieram
a suspensão de serviços públicos como a educação e transportes. A indústria
automóvel empregava 300 mil pessoas, hoje não emprega um décimo. Muita gente
regressou a casa e descobriu que não podia entrar, Detroit tem o maior número
de hipotecas executadas e penhoras de toda a América.
Mas, no entanto, raramente se houve discursos de vitimização, o caminho é
para a frente, até à bancarrota Detroit tinha pedido emprestado para pagar
juros, agora pretende-se dinheiro para investir na cidade, reabilitar e crescer.
Detroit acaba por ser um exemplo de várias coisas: do caminho despesista
que não se deve seguir, do espírito que se deve ter na adversidade e da “música”
que não se deve dar. Definitivamente não gosto de musicais…
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