sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Supercalifragilisticexpialidocious

Esta semana foi fértil em orçamentos. Algumas intenções eram boas e a expetativas também. Podia haver música e magia como no filme da Mary Poppins mas não. A proposta para o orçamento de Estado para 2015 tem algumas novidades mas nenhuma é a baixa de impostos. A principal é uma dedução que depende da capacidade do Estado em angariar receita. Uma espécie de prémio por objetivos. Na prática, nos casos em que a receita efetiva de IRS e IVA supere o objetivo, o quociente positivo entre esse excedente e a retenção na fonte em sede de sobretaxa, multiplicado por 100 irá corresponder ao crédito a atribuir ao sujeito passivo ao abrigo desta nova norma. É lindo, Supercalifragilisticexpialidocious! Mas baixará o imposto sobre o rendimento das empresas. Podem achar que não mas é uma boa notícia.
Por cá também houve as sessões do Orçamento Participativo, uma das bandeiras das penúltimas eleições, anunciado como um exercício de cidadania. A verdade é que com os magros orçamentos fica pouco espaço para grandes fantasias participativas mas mesmo assim alguns projetos serão submetidos a apreciação popular. É a arte de tentar fazer alguma coisa com cada vez menos dinheiro. Realismo mágico… Supercalifragilisticexpialidocious.


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