Esta semana foi fértil em orçamentos. Algumas intenções eram boas e a
expetativas também. Podia haver música e magia como no filme da Mary Poppins
mas não. A proposta para o orçamento de Estado para 2015 tem algumas novidades
mas nenhuma é a baixa de impostos. A principal é uma dedução que depende da
capacidade do Estado em angariar receita. Uma espécie de prémio por objetivos. Na
prática, nos casos em que a receita efetiva de IRS e IVA supere o objetivo, o
quociente positivo entre esse excedente e a retenção na fonte em sede de
sobretaxa, multiplicado por 100 irá corresponder ao crédito a atribuir ao
sujeito passivo ao abrigo desta nova norma. É lindo, Supercalifragilisticexpialidocious!
Mas baixará o imposto sobre o rendimento das empresas. Podem achar que não mas é
uma boa notícia.
Por cá também houve as sessões do Orçamento Participativo, uma das
bandeiras das penúltimas eleições, anunciado como um exercício de cidadania. A
verdade é que com os magros orçamentos fica pouco espaço para grandes fantasias
participativas mas mesmo assim alguns projetos serão submetidos a apreciação
popular. É a arte de tentar fazer alguma coisa com cada vez menos dinheiro. Realismo
mágico… Supercalifragilisticexpialidocious.
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