segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Fica para outra vez Braveheart!

Acompanhei o assunto Escócia à distância que me impõem, obviamente, os quilómetros mas também deixando de lado alguma simpatia que pudesse ter pelo Braveheart ou até pelo melhor 007, Sean Connery, também ele grande defensor da causa escocesa independentista.
No fundo a sociedade escocesa escolheu um sistema que já conhece quando a alternativa não era clara: não se sabia que moeda utilizaria nem se ficaria no seio da União Europeia sendo que muitos afirmavam que teria que pedir novamente a adesão. Socialmente pouco teriam a ganhar os escoceses sendo ambas alternativas livres e desenvolvidas. A diferença esteve no plano, nos objetivos já conhecidos e partilhados pelos escoceses e ingleses. Em qualquer parte, até mesmo numa localidade como a nossa é necessário um plano, um conjunto de objetivos a prazo sob pena de definharmos.

E nisto de planos e heróis de independências gostava de vos falar de Guilherme Tell, este na Suíça. Corria o século XIV quando o tirânico Gessler, governador da Suíça, a mando da Aústria, mandou colocar na praça uma vara com um chapéu símbolo dos Habsburgos. Todos os que por ali passassem deviam prestar reverência. Mas Guilherme não obedeceu e como castigo teria que acertar numa maçã colocada na cabeça do seu filho a uma distância de 120 passos. Assim fez, com a sua precisão de excelente atirador. Tell acabaria por ser expulso mas voltaria para libertar a Suíça e com um plano que todas as crianças suíças sabem de cor:” auxiliar o próximo com trabalho ou bens, com assertividade e resolução contra todos aqueles que infligem a violência, molestam, magoam e conspiram o mal contra pessoas e bens”. Há quem diga que Guilherme Tell nunca existiu, que foi uma lenda, no entanto, o plano permaneceu. Nós também tivemos a nossa personagem onírica: a Padeira de Aljubarrota. No entanto, por vezes acho que não temos plano!

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