Na antiguidade Gregos e Espartanos digladiaram-se em guerras fratricidas entre
aquilo que se chamava então cidades-estado. Mais do que dois movimentos antagónicos
militares debatiam-se duas formas distintas de organização social e
enaltecimento de valores. O governo de Esparta tinha como um de seus principais
objetivos fazer de seus cidadãos modelos
de soldados, bem treinados fisicamente, corajosos e
obedientes às leis e às autoridades. Já a sociedade grega vivia ao
arrepio de filósofos, matemáticos e historiadores entre outros sempre em busca
do enaltecimento do conhecimento e da cultura.
Esta semana Marcelo Rebelo de Sousa concedeu ao Expresso uma entrevista notável.
Pode-se não gostar da pessoa mas é preciso lê-lo e compreende-lo. Certa parte
da entrevista podia ser um manual para aprendizes de políticos. Há por cá
alguns e sei que alguns até vão ler estas linhas. O comentador, sempre apontado
como candidato presidencial, tem algumas frases que reproduzo aqui. “A política
e a administração pública foram invadidas por gente que viu na carreira política
uma forma confortável de sobrevivência e ascensão”. Mas onde ele traça a sua Grécia
contra Esparta é quando diz: “Fazer política, hoje, significa imagem, resistência
física e psíquica. Não tem a ver com cultura. Capacidade de decisão, experiência,
valores…” . Ficam os conselhos para os aprendizes de feiticeiro. Depois é só
escolher entre ser Grego ou Espartano.
1 comentário:
Os espartanos primavam pela austeridade em todos os actos da sua vida.
Os corintios pelo luxo,a ostentação e a vaidade.
Os atenienses pelo saber e pela moderação.
Diónisos, o filósofo cínico e ateniense assistia ao acto inaugural dos Jogos Olímpicos e ia comentando.
Quando entraram os coríntios Diónisos disse:
Tanta vaidade! Que ostentação!
Quando entraram os espartanos com os seus uniformes quase miseráveis de tão simples, Diónisos disse:
Mais que vaidade é soberba e é ainda maior a ostentação.
Enviar um comentário