segunda-feira, 2 de junho de 2014

Grécia ou Esparta

Na antiguidade Gregos e Espartanos digladiaram-se em guerras fratricidas entre aquilo que se chamava então cidades-estado. Mais do que dois movimentos antagónicos militares debatiam-se duas formas distintas de organização social e enaltecimento de valores. O governo de Esparta tinha como um de seus principais objetivos fazer de seus cidadãos modelos de soldados, bem treinados fisicamente, corajosos e obedientes às leis e às autoridades. Já a sociedade grega vivia ao arrepio de filósofos, matemáticos e historiadores entre outros sempre em busca do enaltecimento do conhecimento e da cultura.

Esta semana Marcelo Rebelo de Sousa concedeu ao Expresso uma entrevista notável. Pode-se não gostar da pessoa mas é preciso lê-lo e compreende-lo. Certa parte da entrevista podia ser um manual para aprendizes de políticos. Há por cá alguns e sei que alguns até vão ler estas linhas. O comentador, sempre apontado como candidato presidencial, tem algumas frases que reproduzo aqui. “A política e a administração pública foram invadidas por gente que viu na carreira política uma forma confortável de sobrevivência e ascensão”. Mas onde ele traça a sua Grécia contra Esparta é quando diz: “Fazer política, hoje, significa imagem, resistência física e psíquica. Não tem a ver com cultura. Capacidade de decisão, experiência, valores…” . Ficam os conselhos para os aprendizes de feiticeiro. Depois é só escolher entre ser Grego ou Espartano.

1 comentário:

Anónimo disse...

Os espartanos primavam pela austeridade em todos os actos da sua vida.
Os corintios pelo luxo,a ostentação e a vaidade.
Os atenienses pelo saber e pela moderação.
Diónisos, o filósofo cínico e ateniense assistia ao acto inaugural dos Jogos Olímpicos e ia comentando.
Quando entraram os coríntios Diónisos disse:
Tanta vaidade! Que ostentação!
Quando entraram os espartanos com os seus uniformes quase miseráveis de tão simples, Diónisos disse:
Mais que vaidade é soberba e é ainda maior a ostentação.