Andy Warhol, sempre em aroma ácido, dizia que não acreditava na morte pois
não estaria lá para saber o que aconteceria. Mais descontraído, o sempre
agridoce Woody Allen, afirma que não quer alcançar a imortalidade com as suas
obras mas simplesmente não morrendo. Pois bem caros leitores, entre nós
morre-se mais do que se nasce. Pelo menos é o que diz o Expresso desta semana,
não incluindo Campo Maior entre os únicos 36 concelhos onde se nasce mais do
que se morre, ou falando demograficamente, onde há um saldo natural positivo. Esses
36 concelhos situam-se maioritariamente junto a Lisboa e Porto. É o país
bipolar que temos onde mais uma vez o litoral sobrepõe-se ao interior.
De nós o que dizer? Oásis, oásis mas cada vez nascem menos por aqui e menos
que os que morrem. As razões e causas podem ser diversas e não me alongarei
sobre isso. Podem ser as condições de vida mas também as legitimas decisões de
cada casal.
Para terminar fiquem apenas com este número: em Portugal, 106.543 óbitos
contra 82.787 nascimentos, ou seja, menos 23.756 habitantes. Existe vida antes
da morte?
1 comentário:
É óbvio que a morte existe.
O que o homem, enquanto vivente pensante, não pode saber, mas apenas crer, é se, e o que poderá existir, para além da morte.
A morte para mim existe.Em todos os momentos constato a sua existência. Mas nada posso saber sobre o "post mortem".
Em termos de crença o problema é fácil:
- Para o ateu, descrente de qualquer transcendência, o "post mortem ", não existe;
- Para o crente na transcendência, existe;
- O agnóstico, por falta de base comprovável, não assume qualquer afirmação.
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