Mal entrado no fim de semana da Páscoa recebi a notícia da sua perda. Mal refeito
da perda mas também dos excessos pascais regressa o DeCampoMaior para
homenagear um dos grandes escritores do nosso tempo. Gabriel Garcia Marquez era
daquelas pessoas irrepetíveis, que não aparece em todos os séculos, um contador
de histórias que inventou um estilo próprio, o do realismo mágico.
Macondo é "uma aldeia de vinte casas de barro e taquara, construídas à
margem de um rio de águas diáfanas que se precipitavam por um leito de pedras
polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos". Começa assim o livro
de Gabriel Garcia Marquez “Cem Anos de Solidão”. Nesse romance é narrado, ao
longo de sete gerações, a vida de José Arcádio Buendia e dos seus descendentes,
essa raça de solitários à qual não será dada, como se diz no livro, “uma
segunda oportunidade sobre a terra”.
Gosto de pensar em
Campo Maior como uma Macondo, mas claro está, sem as casas de
barro. Gosto de pensar em
Campo Maior como um sítio mágico à maneira de Marquez. Aqui
também há sagas de gerações que se vão sucedendo e que, espero eu, tenham
várias oportunidades sobre a terra. Hoje o post parece de realismo mágico? Não
tenho a veleidade de tentar imitar Garcia Marquez mas vou roubar-lhe uma frase para
fechar o post de hoje. “Não há nos meus romances uma só linha que não se baseie
na realidade”. Nos posts que aqui vos deixo também não…
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