Gosto das nossas ruas e até das nossas calejas. Gosto das nossas praças e
até das nossas pracetas. Gosto do Terreiro renovado à maneira antiga. Gosto dos
Cantos de Baixo, outrora de tabernas e ganhões, mesmo com o relógio parado. Gosto
quando não há Tempo, não há pressa. Gosto de subir a Quebra-Costas empinada até
à Soalheira. Gosto de travar a descida da Costanilha até ao Barata e Alagoa. Gosto
do chilrear das crianças nas escolas. Gosto da espera ansiosa dos taxistas e da
espera tranquila dos reformados do Jardim. Gosto do Jardim mesmo sem sombra de
sombras e das pessoas que, apressadas, atravessam aquela calçada. Gosto da nova
Feira das velhas coisas. Gosto de subir a rua Principal equilibrado na pedra do
muro e chegar ao Centro Cultural. Gosto de sentir o aroma a primavera no Parque
Verde. Gosto dos nossos cantos e recantos. Gosto dos lugares e dos não lugares.
Gosto de estar e não estar, como se estivesse e não estivesse. Gosto daqui e
dali, de lá e de acolá. Gosto de cá estar. Gosto De Campo Maior…
Começou o Inverno
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COSTUMES ALENTEJANOS (1923) – Aguarela sobre cartão (37 cm x 26, 5 cm).
Jaime Martins Barata (1899-1970). Museu Grão Vasco, Viseu.
No hemisfério norte, o ...
Há 1 dia
2 comentários:
Jack,
Há já por ai quem tatue no ombro "De Campo Maior Forever" ...
Emma,
Espero que se refiram à localidade e não ao blogue!
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