segunda-feira, 7 de outubro de 2013

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Todos terão ficado admirados com a capacidade do nosso cérebro para mitigar e superar as dificuldades. Um dos casos curiosos é o da troca da correta ordem das letras na construção das palavras: apeasr dso errso tdoos etnednem o qeu qureo dzier. Mas outro que não lhe fica atrás é a substituição de letras por números de que exemplo é o título do post “perceção sensorial”. Aristóteles nunca confiou nos sentidos do homem e foi neste preciso ponto que Descartes opta por dar uma volta audaz e revolucionária. Se é verdade que nada daquilo que percebemos é certo e que pode ser uma ilusão então tudo deve ser posto em dúvida. Dando-se conta desta insegurança concluiu que existe algo evidente: dado que se dúvida, dado que se pensa, então existe-se. Também concluiu que no mundo dos objetos e da perceção só podemos confiar naquilo que pode medir-se de modo inequívoco.
As avaliações são medidas e sendo já conhecida o resultado da avaliação externa do Agrupamento de escolas DeCampoMaior passemos à sua análise. A avaliação incide sobre três domínios: resultados, prestação de serviço educativo e liderança e gestão. Nos dois últimos a classificação obtida foi de BOM. O documento regista uma maioria de pontos fortes nestes domínios que consistem em planeamento e articulação, práticas de ensino, monitorização e avaliação do ensino e das aprendizagens, liderança, gestão e melhoria. Já no domínio dos resultados o Agrupamento recebeu a nota de Suficiente. A ação do Agrupamento tem produzido resultados aquém dos esperados mesmo quando comparados com Agrupamentos de contexto semelhante.
Não há dúvida que há espaço para melhorar e caminho a percorrer se quisermos melhorar os resultados globais dos alunos das escolas DeCampoMaior. Tenho certeza, também, que a Associação de Pais e Encarregados de Educação dará uma preciosa ajuda.
Na rua, passa por mim um adolescente com uma t-shirt desta Associação. Tem lá escrito “Mais Ativa”. Estou certo que a Associação vai realizar uma ampla exposição destes resultados e contribuirá com a indicação de caminhos de melhoria. Afinal, se está Mais Ativa…é porque Existe!   

3 comentários:

Anónimo disse...

Leio este texto e fico algo perplexo.
Será que tenho uma notável dificuldade de entendimento do que deve ser a avaliação de uma escola?
Vamos lá a ver se nos entendemos: Afinal avalia-se uma escola para se ter uma ideia fundamentada do modo como essa escola está e em que medida, a cumprir a sua missão, ou não?
Se assim é, vejamos o que se deve entender por missão essencial da escola:
- Será a de desenvolver esforços, delinear estratégias e reunir recursos para garantir bons resultados educativos para os seus alunos?
- Será prestar serviço educativo adequado à concessão de bons resultados?
- Ou será demonstrar que tem uma boa liderança e gestão apesar dos resultados apenas suficientes que são alcançados pelos alunos?
Afinal qual o peso e a importância dos resultados?
Costumo pensar que a liderança e a gestão só se podem considerar boas se forem bons os resultados alcançados pela sua acção. Parece-me que há razão para perguntar: o defeito está na má qualidade dos alunos ou será que os avaliadores se enganaram no que deverá ser uma boa avaliação?
Isto faz-me lembrar um candidato a toureiro que conheci. Em demonstrações de salão era perfeito nos passes, no estilo e no desenho de todas as figuras. Mas era incapaz de entrar na arena porque tinha um pavoroso medo dos touros. Poderíamos avaliar este candidato a maestro como sendo um bom toureiro?

Anónimo disse...

A verdade é que os nossos alunos são cada vez menos competentes!
O sistema educacional não está adaptado às realidades e necessidades reais dos alunos. Não é facilitando ou impondo barreiras por decreto que o ensino atinge os seus propósitos.
Temos alunos, professores, auxiliares e pais desmotivados! Os bons a pensar que o seu futuro será difícil e possivelmente no estrangeiro, e os menos capazes sem noção da marretada brutal que um dia levarão!
Quando queremos medir tudo e todos é muito mau sinal. A avaliação externa trata tudo da mesma forma, de acordo com parâmetros que aplica em todos os lugares. Faz-me lembrar a troika a aplicar a mesma receita a países distintos!
Não merece a pena usar a escola para atingirmos os seus dirigentes ou dirigidos. Não pode servir de desculpa para uma situação nacional deplorável!
O que são bons resultados? As escolas não são comparáveis, talvez fosse essa uma boa medida para se iniciar um processo de parceria real entre a tutela e a escola. Fala-se das autonomias, que autonomia se quer para a escola? Gestão privada? Recrutamento local? Currículo nacional adaptado localmente? Turmas de nível?
A verdade é que quando saem os rankings todos se esquecem de muita coisa e, cegos pelos números, alvitram diferentes causas, consequências e culpados para tal situação.
Como vê, falar de Educação é sempre complexo e apaixonante!

Anónimo disse...

E venha ela, com ou sem novos edifícios…

Sete características que estão presentes numa escola de sucesso que, de forma genérica, são compreendidas ao nível de:
Visão – ter uma compreensão comum dos objetivos, princípios e expetativas para todos os que pertencem e integram a comunidade educativa;
Liderança – ter um grupo de indivíduos (e não um só) que se dedicam a apoiar a comunidade educativa e a alcançar essa visão;
Elevados Padrões Académicos – descrever o que os estudantes precisam de saber e ser capazes de fazer;
Competências Sócio Emocionais – ajudar todos os que pertencem à comunidade educativa a tornarem-se solidários, participativos, produtivos e cidadãos responsáveis;
Parcerias entre Família, Escola e Comunidade – incentivar todos os envolvidos na educação de uma criança para que participem de forma ativa, colaborativa, como iguais e como parceiros;
Desenvolvimento Profissional – promover oportunidades consistentes e significativas para os adultos envolvidos no contexto escolar, de modo a que
se comprometam com a aprendizagem contínua.
Monitorização Constante – recolher e analisar os dados acerca dos estudantes, dos programas e do pessoal escolar.

As escolas de sucesso têm uma liderança que:
1. Demonstra flexibilidade em lidar com mudanças e uma vontade de experimentar;
2. Toma decisões, baseando-se na obtenção de resultados mais positivos para os estudantes, em vez de aderir ou manter o sistema estabelecido;
3. Analisa, a partir de múltiplas fontes os dados obtidos e utiliza-os para tomar decisões corretas;
4. Utiliza tecnologia, de forma eficaz, para diminuir o volume de tarefas rotineiras e proporcionar uma comunicação mais eficaz;
5. Reconhece as diferenças individuais quer nos professores e auxiliares de educação quer nos estudantes e, proporciona oportunidades para conhecer as suas necessidades;
6. Facilita e constrói consensos que orientam e não imponham;
7. Utiliza uma mistura de processos de decisão de “cima para baixo” e de “baixo para cima”;
8. Inspira, convence e influencia os outros, através das suas próprias ações e atitudes;
9. Mantém-se atualizado relativamente às tendências de investigação, na área da educação e disponibiliza essa informação aos interessados;
10. Responde às necessidades culturais e linguísticas dos estudantes e das suas famílias;
11. Mantém o foco nas possibilidades e oportunidades, em vez de se centrar nas barreiras;
12. Cultiva o apoio para a escola numa missão que promove entre todos os corpos
de decisão da comunidade, quadro escolar e outros indivíduos e grupos envolvidos.
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