sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Enquanto estávamos em campanha…

Não…não é mais um texto sobre as eleições. Dou por encerrado o tema mas é que enquanto toda a gente andava em arruadas, caminhadas e bailes o mundo não parou.
Um dos temas que por cá andou foi a sentença do tribunal constitucional em recusar os despedimentos na função pública. Sei que o tema é polémico e compreendo que até mesmo em tempos de exceção tem que haver limites. Mas os meus limites estão na recusa de cortar as pensões…porque quanto ao resto…
Tudo o que o Tribunal Constitucional recusa para o Estado faz-se dia a dia no privado, para não falar nos recibos verdes do próprio Estado. Despedimentos, cortes de salários, de regalias. As empresas fazem-no para não falir. Mas o Estado não encerra, cobra mais. Não há, deste modo, Constituição igual para todos, não existe a célebre equidade. Há um Estado que não se reforma e que para tal nos confisca e suga os rendimentos.
Não é isto inconstitucional?

5 comentários:

Eu faço a minha parte...trabalho! disse...

Percebo o alcance das suas palavras!
Mas, se as câmaras tiveram um prazo para indicar gente para a mobilidade e optaram por não fazê-lo! Porquê? Razões eleitoralistas!
Entendo que, na sua opinião, não deveria existir regulação...a famosa teoria de que a economia se autoregula! Pois, é disso mesmo estamos agora a sofrer - de tanto autoregulação é que a crise mundial se instalou!
E os EUA são o maior exemplo disso. O tal país vendedor do sonho dourado, do self-made man, não controla nada e quem sofre são os mais pobres. A famosa tentativa de lei Obama Care é mais um exemplo. Os lobbies republicanos, conservadores e abastados, bloquearam a hipótese de mais 7 ou 8 milhões de pessoas terem acesso a algo básico como a saúde! E a paralisação dos serviços federais que existe desde esta semana?
Sabe, a teoria económica em que você e tantos outros se baseiam e até divulgam, como verdadeiros pregadores da fé, é um fiasco mas convence sempre os mais fracos (de espírito, entenda-se!) em horas difíceis. Diga-nos é isso que quer? A privatização de tudo? A transformação do Estado numa empresa privada?
Nestes tempos complicados aparecem sempre os salvadores da pátria com a solução única, noutros casos era a solução final! Veja-se a extrema-direita grega!
Se o problema português é a produtividade, então que se produza! Mas, com teorias como a que defende, nota-se que o problema nacional é a inveja e a mesquinhez. Afinal, a galinha da minha vizinha...
Aguardo a sua sempre acutilante resposta!

Jack The Ripper disse...

Caro Anónimo,
Antes de mais agradeço o seu comentário neste espaço. E antes de mais ainda gostaria de referir que a teoria económica não é apenas a teoria da autorregulação. Há teoria económica “regulada” e há economistas da “regulação” veja-se os exemplos de Carlos Carvalhas e Francisco Louçã.
Pegou no tema ideológico quando o post era para ser lido de ponto de vista jurídico mas tudo bem vamos à resposta. Se tem acompanhado este espaço deve ter visto alguns post’s onde me insurjo contra a excessiva desregulação e me insurjo contra certas privatizações. Outra coisa é que defenda um Estado ineficiente. São coisas diferentes mas que infelizmente têm andado de braço dado. As privatizações aconteceram, de forma abrupta, porque o Estado é ineficiente. Causas desta ineficiência são várias. Poderia dizer algumas mas isso fica para outro dia.
Se nas palavras acima não expressei bem a minha ideia vou-lhe dar um exemplo que nos é próximo: quando foi feita a concessão da água em Campo Maior havia muitos contadores que não eram lidos. Resultado: a gestão da água era ineficiente. Nos privados isso não acontece. Foram inventariados todos os contadores para sua cobrança. Pois o que eu defendo era que a água devia ser gerida pela câmara mas com todos os contadores lidos. Está a ver a diferença?
Para terminar apenas gostava de lhe dizer que não sou nem invejoso nem mesquinho mas procuro, antes sim, fazer uma observação objetiva da realidade mesmo que isso cause alguma impressão ideológica. É claro que também, e da mesma forma, não pretendo ser nenhum pregador da fé apenas coloco aqui temas que acho relevantes para o nosso quotidiano.

Anónimo disse...

Geralmente aprecio os textos que vai publicando ...

Mas, desta vez, caramba!

Ainda para mais a um texto chato, juntaram um comentário e um comentário do comentário, chatérrimos.

Estamos mesmo em fim de campanha!

Jack The Ripper disse...


Caro anónimo das 11:42,

Obrigado por gostar geralmente!

Se gostasse sempre isto era uma ditadura mas como há vezes que não gosta é uma demonstração que há democracia e liberdade (fruta do tempo)

Jack The Ripper disse...


Para o anónimo que deixou um comentário para não ser publicado.

Efetivamente o seu comentário nada tem de especial e reproduz aquilo que foi dito no debate. Não é publicado porque é um tema que já está encerrado e deitar mais lenha na fogueira nesta altura de nada adianta.

Quanto a tudo o resto que diz tenho que respeitar a sua opinião e se é a pessoa que diz ter as qualidades que aqui apontou no comentário gostaria de o felicitar pessoalmente. Para isso deixe a sua identificação num comentário que claro está não publicarei.