A um mês das
eleições na Alemanha, a atual chanceler, Angela Merkel, parece ter todas as
condições para obter o seu terceiro mandato. Entusiasmada com as sondagens, é
neste clima de satisfação e despreocupação que Angela Merkel desenvolve uma
campanha que procura, acima de tudo, não abalar os seus compatriotas. Li a
reportagem do “Frankfurter Allgemeine
Zeitung” e nela os alemães são retratados como estando tranquilos e não muito
preocupados com os problemas dos seus vizinhos do Sul. No entanto, será quando
se falar da Europa, dos empréstimos e da extrema direita que a campanha cobrará
mais vivacidade.
Mas porque falar das eleições da Alemanha estando as locais tão próximas
em tempo e espaço? Acreditem que as eleições alemãs são importantes para nós
mas pronto…falemos das locais também.
Até agora a pré-campanha tem sido conduzida, pelos principais candidatos,
de uma forma positiva. Ambos têm apresentado e destacado as principais obras e
feitos dos seus mandatos sem entrar em acusações nem velhos argumentos. O atual
elenco do Partido Socialista para além de apontar o Centro Escolar entre
outros, inaugurou este domingo o Sintético de Degolados e para a semana a Casa
Mortuária.
O Partido da Terra, e olhando as publicações no facebook, está, prousticamente,
em busca do tempo perdido, querendo relembrar os feitos e obras de anteriores
mandatos do seu líder. Estranhamente não foi falada a obra da Piscina da Fonte
Nova. Estratégia ou estará ali a caixa de Pandora?
As restantes três formações (CDU, PSD, BE) tentam sobreviver à
bipolarização procurando ganhar espaço nas urnas. A CDU, quais irredutíveis
gauleses, procura recuperar o seu eleitorado mais clássico e o peso político de
outros tempos.
O PSD com muita gente nova mas também pouco conhecida tentará alguma
representação consentânea com as tradições do partido no concelho.
O Bloco, a mais aguerrida de todas as formações, tentará também obter
representação nalgum órgão autárquico.
Acima de tudo seria bom que este clima positivo se mantivesse, que não
nos perdêssemos, como diria Eça no bric-à-brac e que se discutissem os
programas e ideias para o futuro do concelho e que, noutra expressão
queiroziana, “a sonoridade do adjetivo não coloque em causa a exatidão de
todo o sistema”.
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