sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Greed is Good!

Greed is Good…a ganância é boa! Os leitores mais cinéfilos de certeza que já identificaram a frase de Gordon Gekko (Michael Douglas) em Wall Street, um filme dos longínquos anos 80.
Para os que não conhecem a história, o filme é baseado nos meandros de Wall Street  e da alta finança, numa fase em que grandes fortunas se faziam da noite para o dia dando origem a uma nova classe de ricos denominados, muitas vezes pejorativamente, como yuppies e dandies.
Oliver Stone tem queda para os dramas e o filme acabava com Gekko na prisão. Mas o maior drama era o retrato de uma época onde Reagan e Thatcher, aconselhados por economistas liberais como Milton Friedman, desregulavam o mercado financeiro, aliviavam a supervisão bancária e baixavam a taxa de juro.
O drama e os bancos, tal como as bolhas especulativas e imobiliárias rebentaram anos mais tarde, e por consequência vivemos a crise que hoje suportamos.
Sem dramas vale a pena rever o filme nem que seja pela excelente banda sonora do anterior Talking Head, David Byrne, ou pelos vestidos e adereços dos anos 80. Por falar nisso, se todas as modas têm momentos de retorno, para quando o regresso dos chumaços nos ombros?
Atualmente, para evitar dramas, a supervisão aumentou bem como o acesso à informação. Os municípios não escaparam a esta tendência, e para além de supervisionados pela Lei das Finanças locais existem documentos como o Anuário dos Municípios, editado pela Ordem dos Técnicos de Contas. Destaco alguns indicadores. O anuário diz respeito aos anos de 2011 e 2012. Assim, em comparação destes dois anos, o município perdeu 3,8% de receitas de IMI. É, 2012, o 25º município com mais despesas com o pessoal relativamente às despesas totais com 39%. Acrescento a este indicador um dado curioso. Em 2010 era o município com maior peso relativo com 55%. Ou seja há uma evolução positiva de 16% entre 2010 e 2012.
 É, em 2012, o 23º município com menor número de compromissos por pagar. Também em 2012 é o 17º município com menor passivo exigível e, se compararmos com as receitas líquidas, o passivo exigível representa apenas 14,1% sendo o 12º município com melhor ranking.
Chega de números! Oiçam a música dos Talking Heads, do David Byrne ou se não quiserem vão até ao Crato ouvir os GNR ou Skunk Anansie!

2 comentários:

Anónimo disse...

Já tinha visto esses dados no Anuário.Está a ser pois muito bem gerido.E a pagar as fantasias populistas de outros.....

Anónimo disse...

Mas, nas contas, não está considerado o "buraco negro" das Piscinas da Fonte Nova.Um buraco que vai demorar 40 anos a ser tapado.
Quando entrar nas contas, o endividamento vai disparar. E, como o lençol não estica, alguma coisa ficará destapada.
Quem é que foi amigo dos campomaiorenses? Sim! Digam lá quem foram os beneméritos que dotaram Campo Maior desta preciosa vantagem?