O FMI publicou,
recentemente, um relatório onde dizia: “os cortes automáticos na despesa não só
colocam fortes entraves ao crescimento no curto prazo, como reduções
indiscriminadas nos gastos em educação, ciência ou infraestruturas podem pôr em
causa o potencial de crescimento do médio prazo.” Calma…o relatório não era
sobre Portugal. Este relatório fala da economia americana. Para Portugal as notícias
são outras: “o plano de cortes permanentes da despesa pública é crucial para se
cumprir a meta de 4% do PIB para o défice em 2014” . Estas posições opostas
são preocupantes e revelam muita incoerência sobre as receitas para curar a
doença que, salvando as diferenças entre as duas economias, é comum. São más
decisões.
Noutro plano, li
um artigo, onde se faz um balanço da privatização da água no Reino Unido. Passados
25 anos, que Margaret Thatcher entregou o serviço aos privados, a Corporate
Watch de Fevereiro conclui, entre outras coisas, que: “Trinta por cento da
factura da água vai parar aos bancos e investidores em forma de juros e
dividendos; os consumidores pagam mais dois mil milhões de libras por ano
(cerca 2,4 mil milhões de euros), ou seja, cada agregado paga mais cerca de 80 libras (94 euros), do
que pagariam se o sistema fosse financiado com verbas públicas”.
Quando se
privatizou o abastecimento de águas
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