As autarquias têm
dado a este pais presidentes de câmara deveras peculiares e não falo dos
Avelinos, Valentins e Isaltinos.
Esta semana
apanhei dois desses presidentes em episódios que merecem aqui ser reproduzidos
e dissecados.
O primeiro é Rui
Rio que, esta semana, propôs intervalos na democracia para as câmaras
excessivamente endividadas. Segundo ele, estas câmaras não podem tomar opções
políticas nesta situação, logo não deveria haver eleições, sendo governadas por
uma comissão administrativa. Rui Rio não disse mas sabe que mesmo em situações
de endividamento excessivo, em caso de eleições, não deixariam os políticos de
prometer o que não podem cumprir e as pessoas de acreditar em promessas vãs.
Mesmo que Rui Rio
se tenha desfeito em justificações, as suas afirmações foram interpretadas em
muito setores como ultrapassando todo o limite das práticas democráticas e se
olharmos à história Salazar também suspendeu a democracia até arrumar a casa e
depois deu no que deu…Contradição…
O segundo
episódio vem do presidente da câmara de Esposende que se sente frustrado por não
poder compensar financeiramente os melhores funcionários. Segundo este autarca a
rigidez da função pública tem esta consequência. Lança também fortes críticas
ao SIADAP, o mecanismo de avaliação dos funcionários públicos. Ele não diz mas
sabe que é esta rigidez que dá segurança aos funcionários públicos e que são os
sindicatos que têm bloqueado avanços que tenham como consequência o prémio
financeiro dos melhores. Contradição…
Off-topic – Vi o
jogo de Portugal ao mesmo tempo que acompanhava o resultado das eleições na Grécia…a
vitória de Portugal foi a “Syriza” em cima do bolo!
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