quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Festas das Flores - Money

Na sequência dos posts dedicados ao balanço das Festas das Flores, cabe no post de hoje, a análise ao sucesso comercial das mesmas.
Evidentemente, que aqui os resultados serão analisados segundo a perspectiva de cada organização. Por um lado o sucesso da própria Associação das Festas e por outro o sucesso dos diversos comerciantes que se lançaram, freneticamente, à procura do “El Dorado”.
É cedo para se saber os resultados da Associação mas uma coisa é certa, parece-me que as receitas originadas pelo aluguer de espaço comercial subiram em flecha. Se a isto juntarmos a receita dos parques obtemos um valor considerável que esperamos seja suficiente para arcar com os custos globais da Festas. No entanto, também faço aqui o reparo que o não-critério na emissão de livres-trânsito pode também ter feito escapar um montante bastante significativo aos cofres da Associação.
Sob o ponto de vista do comércio da vila, evidentemente, há opiniões para todas as cores. Há quem tenha feito umas boas Festas e há quem tenha ficado com a receita aquém das expectativas. O pequeno comércio queixa-se que houve muita oferta, que a Associação não deveria ter permitido tão elevado número de pontos de venda. Mas esquecem-se os comerciantes que não é o papel da Associação regular qualquer mercado mas sim ela própria fazer face às suas próprias despesas.
Na guerra das discotecas, as flores do Summer Flower murcharam enquanto que o Sai de Gatas pode ter motivos para sorrir.

E tudo se resume a dinheiro...lá diz a canção dos Pink Floyd: "Money so they say, is the root of all evil today..."

17 comentários:

Anónimo disse...

Não tenho tanta crteza, que tudo se resuma ao dinheiro - que não faltou para nada - num inusitado despesismo em tempo de gravíssima cise económica- financeira. Deverá é perguntar-se se o dinheiro aplicado teve algum retorno, fundamentalmente social que é o que deve preocupar todos. Duvido do retorno financeiro- nomeadamente para a Associação - mas pelos vistos estarà "coberto". AS FESTAS DE CAMPO MAIOR, nunca foram isto. A história das FESTAS, e de quem as viveu em plenitude, recordo, tinham um cunho social que perderam a partir dos anos de 1980. Tenho pena, mas fica o registo da mágoa.

carlos disse...

Tudo na vida evolui.
Os meios de comunicação hoje não têm nada a ver com os dos anos 70.
A divulgação nao é o que era e as pessoas acorrem em massa.

Por isso (ou por causa disso) o investimento é maior.
Os materiais usados, a sofisticação das ruas, os meios de apoio, tudo isso são custos, mas custos necessários que vêm valorizar a Festa.
E o trabalho voluntário, que antes era comum, excasseia hoje...


Depois há o retorno.
É aí que é preciso ponderar e avaliar com muito cuidado.

Irá alguma parte desse benefício ser canalizado para as instituições para que, de alguma forma, recompense aqueles que tornaram as Festas possíveis?

É que se não caimos numa situação de injustiça e frustração que contribuirá para afastar mais o povo da Festa.

Anónimo disse...

Vãs Ilusões rendidas...

… e ao fim de 10 dias , finalmente a terra !

Três dias passados, e voltaram as conversas há volta do tempo.
As anteriores não-conversas: do benfica, do madrid, do sporting, do p. da costa, das telenovelas da sic da tvi, ou do autómato matraquear diário do : ”bom dia ” boa tarde“ estás bem?” “tudo bem contigo?” as férias foram boas ?” “ e que tal as festas?”.
… e os mesmos silêncios magoados sem tempo.

Todos – como se para um buscar de qualquer salvação de consciência individual - aguardam a “conferencia de imprensa” da Associação, para que nos informe solenemente, o resultado liquido do evento.

Aconselhamos (se nos permite) a estimada Associação a não perder o seu precioso tempo e credibilidade ,com chavões instintivos e sem nexo, do tipo: os milhões de visitantes; a glória; o mundo rendido; as visitas presidenciais; as visitas de (e ex) ministros etc. (já vi um presidente português, deslocar-se, para inaugurar um tanque de lavar roupa)

Para isso, basta-nos a leitura monolítica: dos textos falaciosos, e do blá, blá fotográfico -bombardeados até á exaustão - pelo boletim autárquico, ou o mesmo “filme” difundido na pobre blog… ou ainda por macaquinhos de estimação (ou imitação ?) a que tenham oferecido - nestes dias da “festa” - uma qualquer máquina de tirar retratos.

Meus caros senhores – porque já não estamos no tempo do come e cala - há um povo, que exige resultados transparentes… sem floreados !

Perguntam vocês : Resultados ? Os resultados (e insistem em enésima repetição os argumentistas do reino) … é que fomos vistos por milhões , conhecidos mundialmente, as nossos flores correram e floriram milagrosamente nos quatro cantos do mundo, as televisões alojaram-se cá; difundiram esta terra… isto não é valido ? … não é o melhor resultado que os campomaiorenses podem desejar?

Os nuestros hermanos diriam : Sim ! E quê ? (obviamente por palavras menos meigas)

E nós - mais benevolentes - afirmamos : claro que é muito bom Exmos. Senhores da Associação … mas o povo : o povo que trabalhou; o povo que vai ficar no desemprego; o povo que vai sofrer (também) consequências por bens públicos terem sido desviados indevidamente para as “festas dos senhores”; o povo que – no “vosso imaginado mundo ” - lhes continua a ignorar o nome; o povo que não fez capa de revista; não deu entrevistas na rádio ou televisão; que não fez negociatas atrás do palco da fachada das “festas” ; que não se exibiu politicamente ou socialmente…esse povo não quer ficar mais estático, e está a movimentar-se no sentido de saber simplesmente (repito: sim-ples-men-te ) o que se lucrou … ou se ainda teremos que “nacionalizar” (giro termo) - como era ”normal” até aqui - eventuais prejuízos !

Anónimo disse...

( II )
(E esta m…. tem k ser assim, pq vocês são uns tesos e ñ alimentam o insaciável (grrrrr) servidor com + €)

Mas continuando …

E isto Senhores, é porque este povo, já tão amargurado pela exploração contínua, e não menos grosseira desinformação, não quer, que o fel… o fel cristalizado pelos anos - e muito compartimentado pelo sorriso constante que se lhe exigiu nestes dias – volte a escorrer - sem consequências - novamente em silencio sepulcral, pelas mesmas ruas, até á pouco cheias ,com os vossos papeis coloridos.

É que este fel - como sabem - tem os nomes feios de : falta de perspectivas; desemprego; horizontes barrados para projectos novos de liberdade criativa; insegurança ( e por ai fora).

Tem o fel do (20/100). Do 20 que recebe, pelo 100 que produz. E destes 20 que lhe são “dados” – por vezes quase como esmola - ainda tem - que deduzir neste “prémio-20” – o suportar “roer” – com dentes maltratados - o duro osso da : admissão de favor ; o despedimento sem justa causa; o castigo prostrado; o ordenado mínimo escandaloso que lhe pagam em funções de responsabilidade; a injustificável (ou pornográfica ?) diferença salarial - entre a mulher e o homem - para trabalho igual.

É este povo de Campo Maior onde tudo isto acontece - e tenhamos a coragem de não fechar os olhos, ou tentar suspender o tempo, como ovelhas olhando para um palácio real - que tem o direito de exigir dos responsáveis da Associação para as “festas do povo”, uma solidária “sentença” , justamente límpida - devidamente publicada - sem as habituais ambiguidades supérfluas, ou interferências, influentemente fatais para a transparência .

E neste hiato de tempo: confiemos, e, aguardemos tranquilamente que um dia há-de chegar a primavera…

E agora … jantemos !

carlos disse...

"voltaram as conversas há volta do tempo."

"ruas, até á pouco cheias"
--

Amigo anónimo, há pequenos sinais que nos tentam para não levar muito à letra tudo aquilo que escreves.

Anónimo disse...

"voltaram as conversas há volta do tempo."

"as conversas há volta do tempo."

"há volta do tempo."

"há volta"

"há"

---------------------------------

"ruas, até á pouco cheias"

"até á pouco cheias"

"á pouco"

"á"


---------------------------------

À ou há? Quando se trata de expressões de tempo, usamos “há”. O verbo haver, entre outros sentidos, serve para expressar tempo.
Já “à”, contracção da preposição “a” com o artigo definido “a” serve sobretudo à expressão de lugar.
Assim:
- Ainda há pouco estava sol e agora já chove.
- Ele foi à farmácia.


De nada.

Anónimo disse...

Amigo Carlos

È verdade que não tenho por hábito – nem tempo – para reler os textos e torná-los mais claros.

Se o fizesse, iriam todos – impublicaveis – direitinhos para o caixote do lixo da exosfera .

Pelo sucedido ( passados e futuros ), penitencio-me perante ti, e todos os puristas de português!

Sabes ! Quando o traquejo académico escasseia, “excasseia” toda a forma inventada (neste caso) até por ti!

E depois, também deves saber, que este arrazoado paleio, não é mesmo para levar a letra, á letra !

Porque, se conseguimos ( letra a letra) sobreviver com 20, tens que admitir, que aos de 80, nada lhes escasseia , para fazer (letra a letra) benemeritamente as “festas” que ( e quando ) entenderem.

Gostei de te “ver” por cá, ainda que por “ lana caprina”!

Há que aproveitar o oxigénio “respirável”, quando (eventualmente também por asfixia) alguma janela se abre !

Almocemos …

Anónimo disse...

Para os saudosistas - antes é que as Festas eram genuínas - que tal voltarmos às origens?
É ver esta e outras fotos dos tempos em que as Festas é que eram boas...
http://alemcaia.blogs.sapo.pt/76382.html

carlos disse...

Amigo anónimo, agradeço o trabalho a que te deste o que só me faz sentir considerado. Mas fica sabendo que a "lana caprina" foi só o pretexto ;)
Num comment (dois) como o que escreveste ha matéria bastente para contestar (e concordar) como para se estar a perder tempo com os às pelos hás.
Fi-lo porquê? para te mostrar que conteudo e forma contam. Não sou puritano e dou de barato erros de pretugues, daquele que caem ao correr da tecla, mas há coisas que nos servem perfeitamente de alvo quando nao podemos atingir outros alvos mais distantes, sabemos que é assim...
Repara que não voltou a aparecer mais nenhum puritano(o termo aqui tem mais propriedade) a rasgar as vestimenetas depois de te ler...e até o amigo Jack brilhou! mostrando-se magnanime quando todos recordamos sinais passados que apontam noutro sentido.
Agora a atitude mudou. Agora deve mais do género "olha, lá vem este outra vez..."

A capa de sarcasmo que usas para embrulhar os teu posts é demasiado "vistosa" para que as gentes se debrucem sobre os ditos cujos com objectividade.
Só isso.

«O ALCAIDE DO CASTELO» disse...

olá os campomaiorenses devem ser informados, em 3 pontos para que seja tudo transparente 1º de onde veio 1 milhão de euros para fazerem as festas do povo, 2º que lucro tiveram deste envento 3º onde vai ser encanalizado esse capital... para associaçôes sociais? assim é a domocracia

Anónimo disse...

Bom Português - Lição 2

"vai ser encanalizado"

"ser encanalizado"

"encanalizado"


Do verbo "encanalizar".


Não tenho mais perguntas, meritíssimo...

PS:Amanhã abordaremos a "domocracia" e os Sofistas...

Debra disse...

Felicito o anónimo que serve de corretor aos erros ortográficos que pululam em determinados comentários. Temos que unir esforços e fazer frente aos atentados à língua de Camões! Resta-nos esse gáudio, já que nada podemos contra as ideias obscuras que teimam em fazer-se ouvir!

Anónimo disse...

Bom Português - Lição 3

Edição Especial Debra

"Temos que unir esforços"

"Temos que unir"

"Temos que"

Empregamos tem que, quando antes do que se subentendem palavras como as seguintes: algo, coisa, coisas, etc.: «Tenho hoje muito que fazer».

Empregamos tem de, quando se subentendem palavras como necessidade, precisão, desejo, obrigação antes da preposição de: «Tenho de partir», isto é, «Tenho necessidade de partir».

De nada...

PS: E o Acordo Ortográfico salva o seu "corretor"...

Debra disse...

Caríssimo anónimo corretor:

Muito me apraz ver que sou merecedora de tanta atenção, na medida em que me dedica uma edição especial.
Deu-me lição e até me imaginei a assistir a um dos programas da Edite Estrela. Quase me atrevo a afirmar que se encontra munido(a) de uma excelente gramática de Língua Portuguesa. Gostei!
Contudo, fico dececionada por notar que as minhas felicitações a tão grande dedicação cairam em saco roto.
Apenas acrescento que as palavras corretor e dececionada já seguem as regras do novo acordo ortográfico! Não é defeito, é feitio!
Continue a instruir-nos!

«O ALCAIDE DO CASTELO» disse...

sr.DEBRA gostava de saber o que vc resolveu com o seu português que 95% dos portugueses não compriendem, a lingua de Camões há muita pouca gente que o saiba falar. em campo maior é só doutores e engenheiros, e vesse como a nossa vila está, não seria melhor a Senhora tive-se mais ideias para bem da nossa terra? não se esqueça que temos á porta da vila o terceiro mundo, não é de falar bem o portugues que vai reslver este problema e não só, mas com tudo eu respeito a sua ideia,,,,,,

Debra disse...

Sr. Alcaide do Castelo:

Pois, fiquei sem perceber se o senhor terá tantas ideias como aquelas que me acusa de não ter. Pelo menos eu faço uma coisa acertada que aos olhos de todos os senhor não consegue, que é manter um discurso percetível! Julgo não ser necessário ulitizar um dicionário para entender os meus textos! Já para entender os seus, o corretor automático viria mesmo a calhar!
Queixa-se do terceiro mundo existente às portas da vila. Concordo com o senhor. Mas será que já tentou fazer algo para modificar a situação? Uma pessoa com o seu pseudónimo deveria ter maior intervenção a esse nível! Ou o mesmo não passa tão somente de um nome pomposo?
Homem, faça-se entender e exponha aqui as suas ideias!! Não fique com elas atravessadas na garganta e perdidas por entre mau português!
E já agora faça-nos um favor a todos: não subestime as capacidades dos portugueses!

«O ALCAIDE DO CASTELO» disse...

OLÁ SENHORA DEBRA, estive a lêr o seu comentário com muita atenção, em 1º que tudo eu sou o coordinador do BE em Campo Maior o meu nome é Garcia, com todo o respeito só lhe quero fazer uma pergunta. Como é possivel chegar a este estado a nossa vila? a parte velha toda abandonada, mais de 200 casas em mau estado, e algumas preste a cairem, temos a nossa vila , alias nalgumas zonas é só lixo aos montes, temos o 3º mundo ás porta da vila, temos a maioria dos reformados a buscar os medicamentos a pestaçôes, temos já fome em Campo Maior, esta é a politica do PS á mais de 30 anos o BE está atento e em conjunto vamos mudar a nossa vila a ser mais moderna e com futuro na Europa,a Senhora tem algumas ideias para a nossa vila? os meus cumprimentos