quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Festas das Flores - Que Futuro?

Quando estamos a 3 dias do início das Festas das Flores em todas conversas, em todas as tertúlias, nestas e em todas as Festas se faz a mesma afirmação: "Estas Festas vão ser as últimas!". É uma afirmação que dá a sentença àquelas que são, para mim, as melhores festas do mundo. Mas claro eu sou suspeito. Sou DeCampoMaior!
No entanto, e aqui também, já foi muitas vezes focado, cada vez é mais difícil a sua realização, seja porque há poucos dispostos a aprender seja porque não há outras condições.
Sempre que surge esta frase, nas discussões onde participo, acabam por surgir duas correntes: a de aqueles que acham que as Festas se deveriam tornar mais profissionais, mais comerciais ou se quiserem se tornassem em mais uma indústria de Campo Maior. Apresentando esta facção como argumento que será a única forma das Festas sobreviverem a prazo! Do outro lado temos a corrente mais fundamentalista ou tradicional, a facção do "As Festas são quando o Povo quer".
E os leitores em que facção estão e que corrente defendem?

6 comentários:

Anónimo disse...

Se me é permitido, atrevo-me a lembrar que, como quase sempre, no meio é que pode estar a virtude. Ou seja, é possível dar um cariz mais profissional à gestão das Festas, sem desvirtuar a participação popular que lhe dá o cariz que as torna de facto únicas.
Aliás, o primeiro passo foi dado em 1994, com a criação da Associação das Festas (esta informação foi-me dada pelo blogue Além Caia no qual muito tenho aprendido sobre as Festas). Agora é só criar estruturas que garantam a regularidade e periodicidade das mesmas. Por outro lado, a mesma Associação deve encontrar maneira de garantir o auto financiamento e, porque não, que sejam uma fonte de rendimento para a comunidade local. É tudo uma questão de competência, empenho e eficiência.
Profissionalismo e participação popular, não têm que ser pólos antagónicos.
Agora o que não pode continuar é que as Festas sejam um pesado fardo para os campomaiorenses, chamem-se eles Rui Nabeiro, Manuel, Joaquim ou Francisca. Sim porque não sei a quem pesam mais: se ao que tem de ajudar financeiramente, se ao que tem de pôr comer na mesa para a multidão que lhe cai em casa.
Mas isto sou eu a pensar...

Anónimo disse...

Chamem-lhe o que quiserem…

Mas a mentirosa “festa do povo” foi assim “baptizada” por imposição dos agrários, que tinham - ao seu escravo serviço – os trabalhadores rurais do nascer ao pôr do sol.
E como “prémio” (pelos dinheiros que recebiam anualmente em finais de Agosto, e lhes enchia os cofres gerados pelas colheitas de cereais) resolveram “oferecer” ao povo uma “ festa-férias-sem-remuneração “ com duração de +-15 dias … desde que ( topam?) essa “festa”, fosse realizada com o trabalho gratuito do povo - durante o seu tempo de descanso pela noite - e a sua organização (claro vedado ao povo analfabeto) e os seus lucros (especialmente do álcool que forneciam e vendiam a jorros ) divididos (só podia) pelos beneméritos patrões.

E – tal como hoje – é necessário dividir para melhor reinar.

…e assim (para além das facções que o Decampomaior escreveu) proponho (se me der licença) para uma representação mais democrática no seu tabuleiro, que considere:
• A facção: Agrária
• A facção: Oportunista
• A facção: “Lambita” (D.Autor. F. das Negras)
• A facção: Rebanho “ou Maria que vai com as outras”
• A facção: Politica
• A facção: Empresarial
• A facção : Católica
• A facção: Realista
• A facção : Opositora

… e depois da amigável (espero) discussão, entretenham-se então, com o fluxo dos milhões no evento “ maior festa do mundo “: com as barracas de “farturas”; frangos assados; tiro ao boneco; coloridos papeis pendurados; altifalantes aos altos berros … e as inevitáveis televisões em directo, com as inevitáveis entrevistas coloridas – de conteúdo balofo - aos inevitáveis e habituais promotores chefes sorridentemente engravatados.

Ah! E não esqueçam… para que continuem a usufruir: de mão de obra barata e abundante escolhida a dedo; votos eleitorais q.b. ; qualquer saudável oposição ou novo projecto de dinamização neste concelho… é conveniente, manter a classificação das escolas actuais, afastar para bem longe dos jovens e do povo “camponês”,qualquer complemento á educação formal, como o desenvolvimento tecnológico e artístico , e igualmente continuar a “diabolizar” a cultura até á exaustão, apagando-lhes também do convívio, e do conhecimento, os melhores nomes da musica portuguesa , das artes cénicas, das artes plásticas etc.etc…

Entretanto, jantemos o pão que o diabo amassou…

Anónimo disse...

Deixar passar o tresloucado comentário do Anónimo 19:11,desacredita o seu blogue. Barrá-lo não seria um acto de censura mas apenas um principio de sanidade mental. Tudo permitir também se converte,em certos casos, num atentado à livre expressão de pensamento. Não devemos dar exposição pública a certas "diarreias" mentais.

Jack The Ripper disse...

Então mas no que ficamos? Se não é publicado é censura se é publicado desacredita?

Anónimo das 9:20, convido-o a ripostar! Haja discussão!

Ou então leiam o que o anónimo das 13 e 45 disse. Parece-me ser um comentário inteligente e realista.

Anónimo disse...

Do Anónimo 9:20
Foi precisamente a irritação provocada por ter visto após, o excelente texto do anónimo 13:45, que me levou a intervir, coisa que só muito raramente faço. Francamente: depois de um acto de tanta inteligência, porquê exibir tanta tolice?
Peço desculpa por reacção tão exaltada. Mas, senti que o abuso de liberdade de expressão consentido a quem tão mal a usa,foi um autêntico atentado à minha tranquilidade mental.
Já agora, confesso uma coisa: acompanho este blogue quase do sei início. Aliás já tive ocasião de ler todos os "postes". Penso que é dos mais inteligentes locais de pensamento de Campo Maior. Daí sentir que este espaço que aprecio estava a ser poluído. Abuso meu, pois o espaço é, efectivamente seu. Mas lá que fiquei decepcionado, isso fiquei. Contudo, o critério é seu. A mim, cabe-me escolher "comer" aquilo de que gosto e rejeitar o que me agonia.

Anónimo disse...

Primitivismos …

(Para o comentário do Sr.(ª) das ( 13,45h ).

É claro que não poderia estar mais de acordo, se vivessemos num país em que o equilibrio da divisão do produto liquido do que é produzido, fosse para o trabalhador, e empresario, repartido numa percentagem justa e humana.

Mas o Sr.(a) Comentador acredita que numa terra que desde sempre, o “poder” estruturou a economia a seu favor ,e, se habituou aos numeros infamantes de exploração do (80-20) esse equilibrio é possivel ?

Quem não gostaria de viver no paraiso como nos contos de fadas, em que todos vivem sem necessidade de trabalhar – “ou tal como no céu” - abençoados e guardados por lindos ( até nisso tive azar) anjos louros de olhos azuis, com ovelhinhas pastando em prados verdejantes, sob um céu azul resplandecente e musica celestial ?

Quem ?

Mas caro senhor(a), lamento mas vivemos na terra. Numa terra em - que no actual contexto socio-economico - cada vez mais as relações pessoais e profissionais, se degradam devido á exploração desenfreada dos todo poderosos, que subjugam criminosamente os que menos tem para sobreviver . E para não fugir ao (seu) tema,volto á vaca fria, para insistir que estas “festas” – e não só - têm sido ao longo dos tempos ,um “bom” exemplo de exploração ,da bondade, ingenuidade, e necessidades instaveis , dos campomaiorenses .

Portanto meu caro(a), - respeitando-o - ou me convence, com outros argumentos mais pujantes, ou com mesinhas milagreiras de entendimento entre diabo e deus não vou lá…ainda que aceite, que esta terra, deve ser a única no país onde – diabo e deus-têm uma relação de amizade e entendimento muito forte, estranhamente “abençoada” pelas “capelinhas” existentes.

E agora para o(s) outro(s)…

…não posso deixar de” louvar” quando certos “senhores” - certamente amestrados por Pavlov - vêm sem qualquer argumentação especifica,ou plausivel, atacar , perseguir , chantagear, e ordenar – na linha do que têm feito a outros - ao administrador deste blog para que censure as verdades - que eles bem conhecem - mas que não as querem divulgadas, para continuar a manter os previlégios e esquemas ascentrais de que sempre têm vivido.

Esta “gente” não se enxerga mesmo ! Para eles tudo é pecado. Só eles podem ter opinião. A sua consciência tem que ser a conciência de todos. Alguém que tente libertar-se, ou reivindicar opinião própria - ainda que não pronuncie nomes – é o mal. Só eles são os juizes do bem. Eles censuram e mandam censurar para agradar e até – em certos casos - sobrepor-se ao poder soberano.

Coitados; na sua limitada contradição, nem sabem que para se censurar, é necessário medir, identificar , personalizar e muitos saberes para privatizar o pensamento !

E como outros - que certamente conheceram as suas manhas há mais tempo - disseram :
“eles não sabem nem sonham” … “e que todas as coisas boas já foram más certa vez”

Portanto divirtam-se ! … e por agora , jantemos…