Antes de mais fiquem descansados os leitores que não vou, aqui hoje, falar de futebol. Gente de Dublin é um livro de James Joyce. Esta obra é um conjunto de histórias sobre diversas pessoas de Dublin. Na Dublin do final do século XIX respirava-se política e religião sendo que as duas se misturavam. A Irlanda era um país católico e fazia parte do Reino Unido, que era protestante. Nestas circunstâncias a Irlanda tentou encontrar nas suas origens Celtas algo que a distinguisse da Inglaterra. Também nós, Portugueses, nos tempos em que nos encontramos deveriamos distinguir-nos dos normais comportamentos e por exemplo, acudir massivamente às urnas em vez de deixar que uma elevada abstenção nos coloque na habitual descrença Lusitana e na indigência de participação cidadã. Votem em branco aqueles que não estejam satisfeitos ou não se revejam nas propostas. A abstenção só serve para que a classe politica seja cada vez pior!
Outra história, tal como James Joyce na sua obra, tem a ver com a nossa própria localidade. Não alteramos certos hábitos e continuamos com a mesma crença de que basta "cair bem", que basta "mexer os cordelinhos" para poder optar a este ou aquele cargo. Quando se vai aprender que é a meritocracia que deve imperar nas escolhas? Ainda não somos a Dublin de James Joyce, ainda não nos distinguimos! Imitamos à nossa dimensão, e por isso é melhor pensar que o Grupo "Vozes da Nossa Terra" um dia será mais famoso que os Cranberries e que talvez ao Francisco Paralta lhe atribuam o Nobel da Paz que nunca deram ao Bono dos U2!
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