A crise que actualmente se faz sentir foi, antes de ser uma crise de dívida soberana, uma crise financeira que teve como origem o sector imobiliário dos Estados Unidos. Na sua génese esteve o desequilibrio que se sentiu entre a oferta e procura dando origem à desvalorização dos imóveis. O termo Bolha é utilizado quando um mercado está em crescimento mas esse crescimento não tem uma contrapartida real.
De qualquer forma, hoje não quero aborrece-los com estes termos, mas quero antes sim, faze-los pensar sobre um sector que está em crise em Campo Maior. Falo-vos do sector da construção, onde há notícias recentes que uma das suas principais empresas estaria perto da falência.
Segundo tenho informações as novas construções escasseiam, e claro, a este factor não será alheio que o crédito bancário tenha sofrido muitas restrições: o valor das avaliações baixou e a percentagem que o banco está disposto a cobrir do valor do imóvel também.
É preocupante este facto já que é um sector onde trabalham muitos campomaiorenses. E já agora, quando forem para Badajoz pela estrada da Horta da Figueira, reparem quantas casas, quintas e quintarolas estão à venda e não têm comprador!
2 comentários:
Campo Maior tem ainda condições para fomentar a criação de habitação a preços não especulativos.
Para isso é necessário que a nossa autarquia não se alhei deste problema que é sério.
Habitação social que tanto se falou e que iniciou os trabalhos de urbanização e de repente parou.
Será que a nossa autarquia não está a ser mais papista que o papa.
De facto a vida não está fácil para ninguém! As últimas décadas de euforia imobiliária terminaram e agora é tempo de voltar a dimensionar investimentos.
Desconheço que condições tem actualmente a CM para avançar com esse tipo de obra. Será possivelmente o definhar de muitos ligados ao sector.
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