segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Feliz Ano de 1511!

Quando em 1511, Afonso de Albuquerque conquistou Malaca, a estratégia portuguesa para o Oriente estava concluída. Malaca era, juntamente com Goa e Ormuz, os três pontos cruciais para controlar as rotas comerciais asiáticas. Portugal controlava os três pontos estratégicos. Governava D. Manuel I, herdeiro de D. João II um dos maiores estratégas que governou os nossos destinos. Lisboa era capital de um país pequeno, mas tinha sido criativa ao ponto de atrair a elite europeia de cientistas, artistas e artífices. Havia riqueza para distribuir por todos.
Passados 500 anos este pensamento estratégico perdeu-se. Agora o que nos anima são "soundbytes", mas apenas durante 10 segundos. Nesse tempo havia táctica e estratégia, agora parece haver táctica sem estratégia. A estratégia é antes de mais um exercício individual em que cada um deve traçar os seus objectivos de curto, médio e longo prazo. No entanto, esse pensamento estratégico deve passar para as instituições sejam elas nacionais ou locais. Devemos ter uma visão para aquilo que queremos e o modo de o alcançar. Pelo meio ficará esforço, mas um esforço que valerá a pena! Espero que neste 2011 se faça esse exercício, fica aqui a sugestão no primeiro post do ano!

1 comentário:

Cogitando disse...

Tem toda a razão.
A estratégia tem tudo a ver com as finalidades.
As tácticas são do domínio do "modus faciendi", ou seja, dos recursos, dos meios, dos processos e dos objectivos.
Os "soundbytes" não chegam sequer a isto. São apenas barulho, para criar entretenimento, para fingir que estamos a pensar.
Por isso temos cada vez maior necessidade de distinguir este pensar não orientado, nem estruturado, do "Pensamento Crítico", esse sim organizado estrategicamente e capaz de agir segundo tácticas previamente delineadas.
Infelizmente, é aqui que a educação está a falhar porque se anula, não gerando conhecimento, para dar lugar à simples instrução que leva a saber coisas.