Uma das propostas do actual líder da oposição Pedro Passos Coelho é o de flexibilizar o mercado laboral, considerado por muitos organismos internacionais como muito rígido.
As experiências nesta área, em outros países, são bastante animadoras criando-se inclusive a palavra flexisegurança para definir estes mercados laborais onde existe muita fluidez entre a oferta e a procura de emprego.
Normalmente este conceito da flexibilidade laboral inclui medidas para os trabalhadores, como por exemplo a criação de bolsas de horas e flexibilidade de horários.
Ora se disse que estes conceitos tem tido sucesso em países, como por exemplo a Dinamarca, devo dizer que duvido que em Portugal se concertize da mesma forma. Esquece quem faz estas propostas que a flexibilidade laboral também se faz do lado dos empregadores. Por exemplo, porque é que há contratos de trabalho que impedem que um trabalhador saia para uma empresa do mesmo sector? Não penaliza esta medida a flexibilidade laboral? Mas pior que isto é a mentalidade de alguns patrões que vão continuar a exigir que os seus empregados paguem a crise quando eles mantêm os seus níveis de vida. Se em tempos de crise os trabalhadores podem suportar uma redução das suas regalias, também devem os empregadores reduzir as suas. Isso sim é flexibilidade. Infelizmente não é isto que acontece, particularmente em empresas de pequena dimensão, onde o dono e o gestor são a mesma pessoa. Uma coisa é ser o dono da bola outra coisa é ser o treinador!
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