segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Para iniciar a semana a meditar!

Bem, neste fim-de-semana, sem dúvida, a notícia foi a neve. Apesar do frio e das constipações foi um espectáculo para miúdos e graúdos, alguns dos quais conheceram a neve pela primeira vez.
Talvez por isso o fim-de-semana tenha esfriado um pouco os temas que vinham sendo notícia. Sendo assim a proposta para iniciar a semana é o comentário a uma frase da economista Teodora Cardoso. Esta economista é uma daquelas figuras que diz o que tem que ser dito mesmo que esteja contra a corrente e contra o politicamente correcto.
Então a frase é a seguinte: Que opções de governabilidade quando se tornou claro que a posssiblidade de contentar a todos não passa de uma ilusão efémera que se paga cara?
Evidentemente, Teodora Cardoso, está a falar da governabilidade do país, mas nós podemos transportar esta frase para a nossa governação local ou até para o nosso foro pessoal.
Bem, aqui fica a proposta, leiam e comentem.
Já agora, e porque a César o que é de César, congratulo-me que os prolongamentos das escolas primárias tenham recomeçado a sua actividade normal no segundo período. Tinhamos chamado a atenção para este tema aqui no Decampomaior pelo que hoje registamos o regresso á normalidade.

8 comentários:

Anónimo disse...

Cair em graça, calando a desgraça...

Esta senhora, muitíssimo conceituada na praça da economia (PS) portuguesa que preconiza e enfatiza por vezes algumas politicas de esquerda (apoiante do Dr. Mário Soares) para (nada nos dizer como) resolver os graves problemas da economia do País - criados exclusivamente por políticos do centro e direita - e que simultaneamente trabalha (BP- BPI – Fóruns – jornais etc. ) , come , bebe, debate, e corrobora “assinando” diariamente as mesmas politicas económicas do alto capital, para logo a seguir as vir combater em longos artigos de opinião que de tão cheios de lugares-comuns, já não há mesmo pachorra...

Estas opiniões contraditórias trazem sempre um sentimento de insegurança, incerteza, e de enorme incredibilidade, porque todos os “grandes” economistas falharam “nesta crise” rotundamente as suas previsões infalíveis, assim como falharam as anteriores e voltarão a falhar nas que se seguirão. Estas conversas de economistas do regime, têm tanto de novo, ou valor, como de novo ou valor, têm as perguntas e respostas dos protagonistas antes ou depois de um jogo de futebol.

Infelizmente haverá sempre alguém dispostos a ouvi-los, a discuti-los, e a dar-lhe valores que não têm, tal como nas feiras se continuam a valorizar os remédios dos vendedores da banha da cobra...

Vejamos algumas frases “profundas” da Senhora:

>> O governo tem um programa para 4 anos e as avaliações implícitas nestas previsões mostram que ele vai no bom sentido <<

Realmente nos 4 anos anteriores “acertou” em toda a linha. Sem comentários.

>>Economista considera que o Novo Aeroporto de Lisboa é necessário, já quanto ao TGV tem muitas dúvidas <<

Deveras que necessidade há de transportes ferroviários que sirvam uma (ainda que pequena) parte do País se a Srª. Drª. quando necessita de viajar para o estrangeiro fá-lo sempre de avião ?

Para logo a seguir dizer:
>>Faz todo o sentido o comboio de alta velocidade entre Lisboa e Porto<<

Aqui já faz sentido (bahh, perder 2 h na sala de espera no aeroporto? ) porque eventualmente terá que se deslocar ao norte do País para as suas variadíssimas conferências e não há nada como fazê-lo no luxuoso TGV.

Anónimo disse...

(Parte II) (Só 4000 caracteres ?)
Ou serão antes as grandes empresas fornecedoras de ministros, secretários, economistas a sonhar alto ?

E perguntam os cidadãos: Terá algum sentido gastar milhões neste projecto paralelo, para se ganharem no total do percurso 15 a 20 minutos em relação ao comboio já existente?

<< Teodora Cardoso mostrou-se favorável ao conceito de "flexigurança", que alia uma maior liberdade de despedimento com o reforço da protecção no desemprego. Ainda assim considerou a especialista, isso não significa distribuir sem regras o subsídio de desemprego a todas as pessoas que não têm <<

A srª Drª. preconiza liberdade de despedir sempre que um Sr. empresário lhe dê nas ganas ou não gostar dos olhos de um seu empregado, ainda que tenha lucros de milhões. Depois ( claro) manda o Estado pagar o subsidio de desemprego - mas agora já com muitas regras - não vão aos trabalhadores desempregados sobrar alguns trocos do referido subsidio e ter a ousadia de comprar mais pão do que o estritamente necessário.

E depois sentencia:
>> sindicatos que se habituaram a ter um poder que não é o seu <<

Poderá lá alguma vez uma organização dos trabalhadores (esses inconscientes) ter algum poder reivindicativo? Não. E mesmo que a constituição Portuguesa não o permita, logo a Srª. Drª. diz : “Então mude-se a constituição”, porque poder e organização é um privilégio a que só aos iluminados se pode consentir, e este não é o caso dos trabalhadores, mas exclusivo da Senhora e da “família” que tem (des) governado este pobre País ao longo de muitos anos.

E podíamos (Ok. Carlos?) continuar, continuar, continuar...

Jack :
E quanto a fazer a transposição para debater a economia de Campo Maior.
Mas que economia?
Aqui nesta Vila ( para mal - bem para muitos - dos nossos pecados) só há uma empresa, com poder, organizativo, aquisitivo e economicamente com nível reivindicativo e de muita influencia na Região, os restantes são os infelizmente chamados-empresários-de-faz-de-conta de que mais não fazem de que enganar-se orgulhosamente a eles próprios, - e que sejamos realisticamente honestos - pouco mais podem (ou lhes é permitido) fazer.

Cumprimentos

Carlos: Já agora obrigado pelo ”podíamos”. Estes “parâmetros” em que por vezes tropeçamos,(“circunflexamente” ou “travessalmente”) nunca poderão evitar que as vitelas (ou chibinhas) sejam comidinhas á lareira com (Bach) ou sem ...alho.

Em “protuguês” nos entendemos, e eu de português nada tenho (arre satanás) sou mais assim parecido como um louco-zarolho-pensador-desdentado, enxertado em corno de cabra retorcido, virado pró- Alentejano. Um abraço.

Jack The Ripper disse...

Caro Anónimo dos 4000 caracteres às 19:58 e de outros mais às 20:05,

Agradeço o seu comentário profundo, bem elaborado e melhor fundamentado.

Só um esclarecimento: quando falei em transpor para a nossa realidade não falava na esfera económica mas mais na esfera política onde muitas vezes se pretende contentar toda a gente com resultados conprovadamente mediocres.

Volte mais vezes, gostei de ler os seus comentários.

carlos disse...

"Que opções de governabilidade quando se tornou claro que a posssiblidade de contentar a todos não passa de uma ilusão efémera que se paga cara? "



Amig Jack, mais que tirar ilacões em relação ao nosso caso em concreto, o que acho é que se está a tentar passar algum tipo de mensagem subliminar cá pró pagode...
senão repare no seu post de 19 de Dezembro:
"Autarquia - O Buraco da Razão!",

Já aqui,invocando um outro economista, tece considerações em relação a possíveis buracos herdados no orçamento e termina com um par de inquitantes interrogações: "Que repercussões daqui advirão?"; "ficarão alguns projectos por concretizar?"
--

Noto muito descrédito nas suas intervenções. Sinceramente não o estou a conhecer! Este Jack não é o mesmo Jack entusiasta da renovação e da mudança. Este Jack perdeu o brilho e a esperança no futuro.
Decididamente este não é o Jack do Neruda.

carlos disse...

Amigo da prosa larga ( sem ser ofensivo! apenas pra nao chamar amigo anónimo que é mais impessoal), os tais parametros em q tropeçamos, transversais ou circunflexos, podem ser tanto o resultado duma escrita q se quer prática como calinada pura simples. De qq forma, nada de realmente importante quando o objectivo é mesmo a troca ideias.
Por norma até nem ligo a essas minudencias (a não ser em casos "especiais"...).

Não percebi foi uma coisa: gosta mesmo duma boa vitela à lareira e ao som duma musiquinha barroca?
...ou gosta simplesmente gosta de vitela e detesta o alho?

Anónimo disse...

Politica de (7) saias...

Jack:
Como sabemos, esta coisa da politica anda sempre ligada com a economia, e nos tempos actuais, sempre amarrada e comandada por esta... e este minúsculo concelho, pobre, atrasado, abandonado, esteve sempre mal entregue, em tempos anteriores, aos humores e rancores duns senhores agrários ( por sua vez tb eles comandados do exterior) pela elite “vampiresca-Lisboa-casino” .
... e no presente , continua a sofrer com os condicionalismos e mazelas do passado, ainda que agora ligado e mascarado (é certo) com ligaduras com cores ditas democráticas, mas que á semelhança do que se passa no restante país, continua asfixiando-se alegremente no colete de forças imposto fisicamente no retalhamento do país, pelas duas forças partidárias hegemónicas que tudo controlam, e que só para a opinião publica ( Zé Povinho) tentam ( por motivos óbvios) demonstrar que existem diferenças.

Assim sendo, como escrevi no post anterior em relação á economia, menos haverá ainda a pronunciar em relação ao estado de alma politico desta terra , sem evitar ter de entrar por caminhos, campos ou pormenores que iriam colidir certamente com a orientação do administrador do blog, se enveredasse agora por criticar ( ainda que numa intenção construtiva) algumas orientações e apoios da “nova regência”.

Como diz o Carlos (pq terá ele sempre razão?) nota-se que a democracia interna aqui no blog (grão a grão...) ganhou alguns pontos de liberdade de expressão, e eu diria que até na restante “blogoaria” de CM, se começam a notar resquícios de retoma de pessoas ingenuamente ausentes, e tb alguma nova frescura mental , depois da euforia natural de “um-ajuste-de-contas” que se terá apoderado de alguns obtusos cérebros ( especialmente ) da chamada e compreensivelmente empedernida velha guarda.

O tempo ainda é curto para balanços.

Temo (até pq o tempo politico português não augura bons ventos) que aqui as coisas não irão sofrer grandes oscilações para qualquer dos lados, até porque estamos encostados a uma média cidade espanhola, que para a questão de algum desenvolvimento industrial, comercial, etc., poderá acelerar emprego local, o que poderá ajudar eventualmente a desanuviar algum desencanto e previsíveis tensões.

Esperemos que o Presidente assessoreado por alguns (ainda poucos) técnicos com valia que o acompanham, saiba explorar politicamente e economicamente esta pequena botija de oxigénio.

Jack desculpe o trivergir :
Mas sabe (para quem ñ janta) esta coisa do Carlos ter mencionado a vitela ( ainda por cima) com bastante alho, pôs-me numa tal efervescência “convulsónica” tónico-clônica generalizada, que ainda agora passadas todas estas horas dou por mim esgazeado, a salivar (me) como garanhão no momento final de “ataque” á vitima.

Cumprimentos

Dr. Estranho Amor disse...

"Que opções de governabilidade quando se tornou claro que a posssiblidade de contentar a todos não passa de uma ilusão efémera que se paga cara? "

Falando de ilusões, e entrando no espaço do off-topic, não resito colar dois comentários sobre duas das maiores mentiras dos últimos anos:

1) Aquecimento Global:

Crónica de Ferreira Fernandes no DN:

"Ele bem podia voltar cá por um bocadinho para se tranquilizar por não ter partido demasiado cedo. Art Buchwald (1925-2007), humorista americano, morreu vai fazer para a semana três anos. No dia seguinte a ter morrido, apareceu um vídeo dele no jornal The New York Times, onde dizia, olhando-nos nos olhos: "Olá, sou Art Buchwald. Acabo de morrer." Ele andava há meses com uma doença terminal e quis partir assim, soberbo e com uma gargalhada. Acabara de publicar um livro intitulado, apesar dos seus 81 anos, Too Soon to Say Goodbye (Demasiado Cedo para Dizer Adeus). Morreu - escreveu - com um ressentimento: "Lamento não vir a conhecer esse tal aquecimento global." Em Lisboa, na semana em que ele morreu, a máxima foi de 16º. No domingo passado, na mesma Lisboa, o termómetro não passou dos 5º. Teria sido simpático a nossa Câmara convidar Buchwald e teria sido bom ele poder ter-nos visitado. De sobretudo e cachecol. Voltaria lá para o assento etéreo, para reatar a conversa com Mark Twain, outro humorista americano (é, os humoristas, no Céu, não encontram virgens, só colegas): "Sabes, afinal não perdi nada. Aquilo aquece coisa nenhuma", diria Buchwald. Talvez Twain lhe respondesse: "As notícias da morte do frio são manifestamente exageradas."

2- Gripe A

Na Visão.pt:

Os Estados-membros do Conselho da Europa decidiram abrir, agora em Janeiro, um inquérito para apurar a pressão exercida pelas companhias farmacêuticas na campanha global da Gripe Suína (Gripe A/H1N1), em particular, o nível de influência da indústria farmacêutica na Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Comissão Para a Saúde do Parlamento Europeu aprovou, por unanimidade, a resolução que convoca o inquérito.

A iniciativa constitui uma medida longamente aguardada para clarificar publicamente o "Triângulo Dourado" de corrupção da droga entre a OMS, a indústria farmacêutica e cientistas e académicos que afectaram permanentemente a vida de milhões, causando a morte de pessoas, nalguns casos.

A moção foi apresentada pelo Dr. Wolfgang Wodarg, antigo deputado social-democrata (SPD) do Parlamento Alemão, actualmente, presidente da Comissão Para a Saúde do Parlamento Europeu.

Wolfgang Wodarg é um médico epidemiologista, especializado em doenças pulmonares e em medicina ambiental que considera a corrente "pandemia" da campanha da Gripe Suína da OMS como "um dos maiores escândalos da medicina deste século."

"A fim de promover as suas drogas patenteadas e vacinas contra a gripe, as empresas farmacêuticas influenciaram cientistas e agências oficiais responsáveis pela Saúde Pública para alarmar os governos em todo o mundo e fazê-los despender orçamentos da Saúde, já de si reduzidos, em campanhas de vacinação ineficazes que expuseram, desnecessariamente, milhões de pessoas saudáveis ao risco de efeitos colaterais desconhecidos, devido a vacinas insuficientemente testadas."

O inquérito do Parlamento Europeu vai analisar a questão da "pandemia fictícia" declarada pela OMS em Junho de 2009, a conselho do seu grupo de especialistas e académicos (SAGE), muitos dos quais, foram apontados como tendo estreitos laços financeiros com os mesmos gigantes da indústria farmacêutica (os laboratórios 'GlaxoSmithKline', 'Roche', 'Novartis') que beneficiaram da produção de drogas e vacinas não testadas destinada à Gripe H1N1-----
Duas mentiras que de muitas vezes repetidas querem ser verdade...

carlos disse...

Amigo e intrépido marinheiro,
os dois exemplos de burla que menciona não deveriam, quanto a mim, ser tratados da mesma forma.

Se no caso das vacinas a coisa tresanda a burla, a golpada, a CRIME! (é mais um, já deviamos estar habituados...), um crime que esperemos bem venha a ter consequencias com as devidas indeminizaçóes às vítimas (se bem que vitimas fomos todos pois foi c o dinheirinho do Orçamento que se pagou a droga da vacina) e esperams bem que com penas pesadas para os "finos" que se forraram à custa do otário.
A propósito disto ouvi hoje que uma das compnhias que forneceu a coisa ao nosso ministério (salvo erro a Glaxo) já se prontificou a receber de volta o stock exedente... a ser assim já não precisamos de ir enganar Angola ou Macau como já alguns iluminados propunham; é só devolver e reaver a diferença, e já não se perde tudo...

Já em relação ao Aquecimento Global , apesar do que ultimamet se vem dizendo, eu mantenho as minhas reservas.
De facto pode não haver o tal incremento médio da temperatura. Talvez nao se estejam a fazer bem as medições ou haja mesmo cientistas a viciar os dados para melhor encaixarem nas suas teses, ok, admitamos isso.
Admitamos também que as eras de glaciação e de degelo são factos cíclicos e comprovados e que ACONTECEM MESMO, e que portanto isto pode ser apenas o início de mais um desses loooongos cíclos. Admitamos que sim.
Mas há uma coisa incontornável e indesmentível e que é a crescente contaminação global associada a uma fome insaciável de recursos naturais que não augura nada de bom num futuro mais próximo do que todos desejariamos...
Assim sendo que venham mais Cimeiras da Terra e afins que todas são poucas pra sensibilizar e forçar uma inversão do actual estado da coisas.