domingo, 3 de janeiro de 2010

Ad Septem Ars

Ad Septem Ars...dito assim o nome mete respeito, mas é simplesmente uma Associação Cultural da nossa terra com quase um ano de vida.
Vem este post a própósito porque o seu director e um dos fundadores, o Prof. Vasco Pereira, comentou um post antigo deste blog. Desde já agradeço o facto. O teor do comentário vem entroncar na eterna discussão sobre o que é Cultura e que Cultura temos tido em Campo Maior. Diz o Prof. Vasco Pereira que um concerto dos U2 é Cultura mas Cultura escrita com letra pequena. Com certeza que um concerto dos U2 está longe daquilo que a Ad Septem Ars se propõe oferecer aos campomaiorenses, no entanto penso que também é um manifestação cultural escrita com letra maiúscula.
A discussão de hoje tem este tema. Que Cultura temos tido e que Cultura queremos ter?
De qualquer forma aqui fica o apelo, no dia 10 de Janeiro vão ao Centro Cultural pela 18 e 30 ouvir um concerto da soprano Jacinta Almeida acompanhada pelo pianista Amadeu d'Oliveira Pinho.

6 comentários:

Anónimo disse...

De facto também li esse post, aliás ao Sr Vasco já lhe ouvi fazer este tipo de afirmações.
Pelo que tenho lido ultimamente tem sido bastante apoiado pela Camara. Porque os espectáculos que promoveu não vêm a custo zero.
Seria bom que alguém fizesse contas ao retorno, em termos de assistência, já que a arte se mede pelo tamanho da letra. Não tiro méritos a ninguém mas apelo a quem tem feito alguma coisa por aquilo a que chamam "arte" que, não desista, porque o Sr. Vasco ainda vai demorar alguns anos a ter público para encher o Centro Cultural. Viva aos U2 e tantos outros que fazem arte com letra pequena.

Anónimo disse...

“Intelectoidiotices” minhas...

Esperei a arte pela noite...não veio.

E pensei que pelo menos de dia ( por ser dia) melhor poderia vê-la...não vi.

Então ... se a arte é olhar, é ouvir, é sentir... ganhei arte o que perdi no tempo?

Ah ! Se ao menos o donos da arte, fosse eu, tu ou ele...

Anónimo disse...

O Professor Vasco tem todo o direito a negar a condição artística aos U2, aos Beatles, aos Pink Floyd , ao Quim Barreiros, ao Cláudio Ramos ou ao cavalheiro que no bar da Coop assobia timidamente o hino do Benfica. É legítimo e respeitável mas há muita gente (leia-se incultos/infiéis/ignorantes) que não o aceitará e terá a tentação de insinuar que os “espectáculos” com que o Professor nos tortura, perdão, deleita, deleita regularmente, são actos do mais puro vampirismo subsidio - dependente, prenhes de snobismo provinciano e tão interessantes como estar sentado num banco de jardim ver a relva crescer. Claro que só um obtuso mental poderia chegar a estas conclusões pois todos sabemos que a Obra do Professor Vasco vai marcar um antes um depois no mundo da música e permitir-nos-á sair das tenebrosas trevas culturais em direcção à derradeira epifania artística.

Agora, se me permitem, vou refugiar-me junto ao gramofone e ouvir o vinil dos Greatest Hits do Professor Vasco, enquanto na cozinha a Jacinta Almeida, prima do Tony Soprano, prepara umas deliciosas pataniscas de bacalhau que irei engolir com a ajuda da detestável e comercial Coca-Cola. Hoje pode ser um Beautifull Day.

carlos disse...

:-) Ironia fina e humor mordaz. Daquele do bom, do genuino portugués! Reação lógica de quem se sentiu desconsiderado nas suas opçóes culturais. Quem diz o que quer...

Polémicas e gostos pessoais à parte, ficamos na expectativa sobres as prestaçoes que a Associação nos irá daqui prá frente proporcionar.

Anónimo disse...

Responder a certos exageros de alguém que, no seu entusiasmo, perde frequentemente o sentido da realidade com grosserias e idiotices, só merece uma resposta: deixemos ficar onde estão os que gostam de lá estar.
O povo também diz o mesmo de outra maneira: "Para quê gastar cera com ruim defunto?"
No fundo, porque há tantas formas de arte, que sentido faz estar com estas discussões?
Mau é quando alguém quer impor aos outros a exclusividade do seu gosto. E o pior de tudo é quando quem tem o poder de decidir só decide segundo o que gosta sem atender ao direito dos que têm um gosto diferente do seu.
Deixem-se de atitudes que só resultam em exibicionismos de má-educação. Há lugar para todos e para tudo. a riqueza da vida, da arte e da cultura está na multiplicidade das suas formas de expressão.
Ponham tudo o que está disponível sobre a mesa do banquete e que cada um se delicie com aquilo de que mais gosta.
Apenas um aviso: não se pode saber se gostamos daquilo que não experimentamos provar.

Anónimo disse...

Quando escrevi em 3 de Janeiro o post sobre o Prof. Vasco, sabia perfeitamente que iriam parecer pesoas,de pensamento elevado, tipo post do dia 5. Não perco o meu tempo com pessoas que escrevem deste forma. Fique V.Exa. que já ouvia Jazz e outros tipo de musica, via ballet dançado por companhias nacionais e estrangeiras já via dança contemporanea, executada por companhias americanas antes de conhecer o Prof. Vasco.. O senhor já o ouvi pianar a alguns anos, e não lhe tiro méritos. Mas a uma Camara compete diversificar as suas as suas areas de entrenimento e trabalhar na criação de públicos para todos os tipo de arte. Há espaço para todos e quem diria no principio dos anos 60, que grandes orquestras mundias dirigidas por grandes maetros, viriam a tocar musica de uns rapazes de Liverpol.Obrigado pela atenção eu não vou comer nada, vou antes reler a entrevista que o prof. Eduardo Lourenço concedeu ao Jornal Expresso na última semana, não sentado num banco do jardim mas numa simples cadeira da minha casa.