quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A proposta do Jack The Ripper

Numa altura em que entramos na fase decisiva do processo eleitoral, numa altura em que começam os rumores de pactos secretos, semi-secretos e antisecretos, gostava de fazer deste cantinho, que é o DeCampoMaior, um espaço positivo, não só de reflexão mas também contributo para a melhoria de Campo Maior.
Sendo assim, e porque é omisso em todos os programas eleitorais, a minha proposta é a criação da marca Campo Maior. Uma marca é algo que se constroi durante muito tempo mas que os seus frutos também perduram por bastante mais tempo. Nem é muito dispendiosa no seu início, pois basta registá-la, tornando-se um pouco mais dispendiosa ao longo da sua vida, pois haverá momentos em que deve ser acarinhada com algum investimento.
A estratégia de marca deve ser entendida como um processo, segundo o qual todos os produtos e eventos disfrutarão de um simbolo comum que alavanque e potencie a sua divulgação. A associação destes produtos e eventos a uma marca pode trazer-lhes benefícios intangíveis que muito dificilmente poderão ser quantificados.
Peço aos candidatos, que quando necessitem de uma pausa para descanso, observem estas minhas palavras e registem esta ideia.

7 comentários:

Três horas da manhã disse...

Esta proposta é algo que já defendemos n' "Ó mê belo..." e que inclusivamente recebeu comentários do Jack.

Essa ideia só por si infelizmente não vive, deve ter uma base de suporte, acredito que talvez deva ser feito algo nesse sentido. A começar por um planeamento estratégico.

Esta ideia vai de encontro a minha maneira de percepcionar uma Câmara hoje em dia. As Câmaras devem ser vistas hoje como "alavancas" de um determinado local, pois só assim se pode evoluir uma localidade, isto serve para o turismo e para a "indústria".

Cumps

Anónimo disse...

Quem é voc~e Jack The Ripper, que quando outros cavam trincheiras e se dividem em Deltinhas e Burriquistas, consegue ver mais além e fazer propostas de grande qualidade e visão?

Tenho lido os seus posts e noto que o Jack está um passo à frente no que respeita a visão e ideias.

Quando ouvi o debate no feriado fiquei com a sensação que qualquer dos nossos candidatos são mediocres.

Em contrapartida surgem pessoas na nossa terra com este nível. Devemos aproveitá-las!!!

carlos disse...

Amigo anónimo
7 de Outubro de 2009 15:45

Também concordo contigo e com a apreciação que fazes do Jack.

E fiquei tb com essa mesma ideia em relação à pobreza do debate na RCM.

Manifestei isso mesmo aqui, num comentário anterior ao teu, onde abordava, antes de mais, a ideia da marca Campo Maior.
Infelizmente o amigo Jack não considerou oportuno publicar... assim como,pela lógica, não publicará este, mas pronto...
Assim me fico, com a sensação de um Sto António a pregar aos peixes, ou de um Jesus Cristo a escrever na areia; fustrado mas aliviado.

Dr. Estranho Amor disse...

Qualquer poder político, por mais vesgo que seja, tenta explorar uma marca identificadora e aglutinadora da sua terra como um elemento dinamizador do comércio, da indústria, do turismo. Veja-se Paços de Ferreira, “Capital do Móvel, a Bairrada “ Terra do Leitão e do Vinho”, S.João da Madeira “Capital do Calçado” ou Óbidos “Capital do Chocolate”. Estas “Capitais” são localidades de pequena ou média dimensão mas possuidoras de indústrias/comércio pujantes, geradores de emprego e riqueza, chamarizes de turismo.

Campo Maior é uma pequena-média localidade. Tem um sector pujante? Sim, o café. O que tem sido feito pela autarquia para o potencial desta enorme indústria? Nada, rigorosamente nada.

E a cara quase nos cai de vergonha alheia quando nos deparamos na imprensa com notícias como esta:

Sentido das Letras / Copyright 2008 - 9/8/2009 11:11 AM
Feira do café em Marvão
Organização prevê uma audiência de 30 mil visitantes. Para os aliciar haverá animação de rua, áreas de degustação, exposições e a apresentação do Percurso do Contrabando Romântico do Café.
Na próxima sexta-feira, dia 11, é inaugurada a 1ª Feira do Café em Marvão, organizada pela Câmara Municipal de Marvão, em parceria com a Associação Industrial e Comercial do Café (AICC). O MSN conversou com o vereador Manuel Pires, responsável pela organização do evento, que explicou o porquê da criação desta Feira, assim como as expectativas da Câmara.
À primeira vista não se percebe imediatamente a associação entre café e Marvão. Até que se recua um pouco na história, até à altura da ditadura, e nos lembramos do contrabando existente entre Portugal e Espanha. Marvão ficava num ponto de passagem entre os dois países.
Além disso, e como refere Manuel Pires, a Câmara fez uma pesquisa até às origens e descobriu que no Neolítico as populações apanhavam bolotas que esmagavam e faziam uma bebida (uma espécie de café).
E foi assim que surgiu a ideia de realizar uma Feira de Café. Que, ao contrário dos outros eventos realizados ao longo do ano (em Outubro há a feira islâmica – Al Mossassa – e em Novembro a Festa da Castanha) tem um cariz eminentemente português. Não fosse Portugal um dos maiores mercados consumidor de café.
Para aliciar os visitantes a Câmara preparou um programa completo e diversificado. Há a componente cultural, com animação de rua, exposições de pintura e escultura, mas também há a vertente de saúde, com palestras sobre a importância do café, concurso de doçaria e de coktails, a semana gastronómica que conta com a participação de nove restaurantes, entre outras actividades.
A entrada para a feira tem um custo simbólico de um euro. A razão para este valor, como explica Manuel Pires, prende-se com o facto de os bombeiros necessitarem de um novo quartel. O valor arrecadado terá esse fim.
O objectivo é, afirma o vereador, é ter 30 mil visitantes nos três dias da feira. Número que segundo Manuel Pires não é demasiado ambicioso. Principalmente se tivermos em conta que no ano passado a feira islâmica teve 10 mil visitantes em dois dias e a Festa da Castanha 30 mil (três dias). Sendo a primeira edição a Câmara tem contado mais com os seus parceiros e com as marcas do café para fazerem a divulgação da feira. Sendo que o resultado está a “superar as expectativas”.
Este é um evento que beneficia não só a imagem da Câmara de Marvão, mas também toda a sua envolvente. Desde o turismo, restauração, artistas…. Em termos de alojamento, Manuel Pires confessa que “a nossa esperança é de que todas as unidades em redor de Marvão fiquem lotadas”.
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A CM Marvão promove o turismo através de Feira do Café. Câmara de Marvão, Câmara de Marvão. Repito, Câmara de Marvão.

O último a sair que apague a luz.

Jack The Ripper disse...

Amigo Carlos,

Está a acusar-me de censor sem razão por vários motivos.

Primeiro porque eu, a si, nunca iria censurar devido já aos nossos largos anos de blogo-amizade.

Segundo, porque o amigo Carlos, escreve os comentários dentro dos limites da boa educação e bom senso e mesmo tendo opiniões diversas não deixariam de ver a luz.

Terceiro, e mais importante, quem decide, neste blog, quais os comentários que são publicados é o Gavião e a Urtiga, eu sou apenas um comentador convidado e não faço administração do blog.

Anónimo disse...

No programa da CDU existe menção à criação da marca Campo Maior, através da craiação de uma plano de markting que promova a vila de Campo Maior.
Temos de saber ler com atenção os programas eleitorais e não apenas abanar a cabeça aos nossos senhores que tudo sabem e nada sabem

carlos disse...

Amigo Jack.

Também fiquei admirado quando à noite vi editado o comentário das 15.45, saltando assim sobre o meu que era ainda da parte da manhã.
E tanto mais admirado, primeiro por nao haver nele (a meu ver)motivos para censura, e segundo, por pensar ser o Jack o editor dos seus próprios posts, e assim sendo, nao temer pela pubicação.

Como me diz que o Blog é apenas administrado pelos criadores iniciais a coisa muda de figura e das duas uma: ou teria de dirigir o meu lamento/protesto a eles ou admitir que a minha máquina me pregou uma partida e me perdeu o comentário.

Em todo o caso agradeço a atençao pela explicação que me dás ;-) no hard feelings.