Decorreu durante este fim-de-semana, mais uma edição, a nona, deste certame dedicado ao sector da azeitona e azeite. Gostaria de analisar com os leitores cada uma das palavras, para entre todos, encontrar um caminho, uma estratégia para mais este evento da nossa terra.
Olivicultura - Li algures, e se estiver errado que alguém me corrija, que Campo Maior era o concelho, onde percentualmente e em relação à sua área, mais olival havia plantado. Ora isto, faz-me muita confusão, pois depois de nove edições da Feira da Olivicultura e havendo tamanha densidade de olival deveria Campo Maior ter à volta do azeite uma grande indústria geradora de valor acrescentado e riqueza. Tal não acontece, pois aquilo que existe é muito pouco, penso que à excepção dos azeites Gralha, toda a nossa azeitona sai do concelho para ser transformada fora.
Nacional - Como é que este evento conserva o título de nacional se tem uma dimensão tão pequena? Tentem, pesquisar no Google e encontrarão pouco mais de meia dúzia de referências em jornais maioritariamente regionais. Quem está encarregue de divulgar a Feira e transforma-la numa alavanca para desenvolvimento do sector?
Por fim, a palavra Feira - Feira é aquilo em que a quiseram transformar, particularmente este ano de eleições. Houve actuações para animar as pessoas e prosseguir a propaganda política. Haja Pão e Circo como na antiga Roma que a Feira da Olivicultura passa sem Pena nem Glória.
4 comentários:
Levantou-se ainda há pouco o anacronismo de a "Feira do Café" que arranca no próximo fim de semana, se realizar em Marvão que tão pouco tem a ver com a torrefacção do mesmo quando comparada com o que se faz em Campo Maior.
Para quê insistir nesta questão enquanto não estiverem resolvidas as questões básicas e estruturantes da gestão municipal em Campo Maior?
Se aqui se fizesse uma feira do café, por iniciativa do município, ela seria certamente mirrada à dimensão comezinha que tem sido dada à Feira Nacional (?) da Olivicultura. Porque, pasmei ao entrar naquele recinto. O número limitadíssimo de stands dedicados ao produto que se comemorava. Um número reduzidíssimo de concelhos estavam presentes (Moura, Olivença e Albuquerque). Se há ausências que se tornam notadas, a de Elvas, torna-se um espanto.
Ou seja, o autismo que caracteriza a acção dos autarcas de Campo Maior nos últimos anos, leva a que qualquer iniciativa se torna pequenina, com pouca ressonância para além dos limites do concelho e com pouco entusiasmo no consumo interno.
Se quisermos um termo de comparação, temos a Feira da Vinha e do Vinho que se realiza em Borba, que nem sequer pretende ser nacional, e ficaremos elucidados sobre a qualidade e a eficácia do que por aqui se faz.
Por isso, enquanto as condições forem estas, deixem estar a feira do café em Marvão porque eles a merecem, graças ao seu entusiasmo, à sua capacidade e iniciativa, promovendo o concelho e unindo a sua população em volta destes projectos. E a vila de Marvão é bem mais pequena do que a vila de Campo Maior.
A FNO peca muito pela falta de comunicação, assim é impossível que as pessoas se desloquem até Campo Maior. Apostem na divulgação, na comunicação, não é necessário grandes fundos para isso, é sim necessário contactos.
Quanto à feira, é muito pobre e limitada, não existe um número de expositores apreciável, não acredito que o Azeite em Portugal se limite a tão pouca coisa demostrada na FNO. O norte do país é também rico neste fruto e nada se viu. Quanto aos espanhóis idem.
Acordemos para a realidade, esta feira serve os interesses dos olivicultores? Sentem-se representados em tal evento? Que ganha Campo Maior com a dita?
Cumps
Já não há maneira de escamotear a grande evid~ência de que o que se está a passar em Campo Maior começa a ser completamente insustentável. Este modelo de gestão (será que se pode chamar modelo ao que não passa de pura improvisação?)está-se a tornar sufocante: não há maneira de encontrar maneira de entender finalidades ou objectivos em tudo isto. Esta gente não tem capacidade para conceber projectos, nem teria competência para os executar.
Por isso, onde vamos parar se a mudança não acontecer?
A IX FNO foi mesmo muito fraquinha: Dois pavilhões: um deles sem nada que tivesse a ver com o tema da feira. No outro, os stands temáticos eram em reduzido número e muito pouco chamativos.
Era difícil fazer menos e menos interessante do que isto.
Depois foi a receita do costume: uns espectáculos e mais nada. As Jornadas Técnicas no distante Centro Cultural passaram ao lado da população.
Apareceram muito poucos concelhos quer do Sul quer do Norte, isto num país onde a olivicultura está em franco desenvolvimento, sendo um dos sectores mais dinâmicos da nossa agricultura.Não se entende a ausência dos concelhos vizinhos(Elvas e Arronches) num certame desta natureza.
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