Agora estou praticamente instalada. Mudar de terra, mudar de casa, arrumar as tralhas, são muitas mudanças em tempo bastante limitado.
Começo agora a pensar nas novas rotinas a que vou ter de me adaptar. Dentro de poucos dias o trabalho recomeça. Conhecer outra gente, estabelecer novas relações. Deambular a pé pelo novo espaço onde agora vivo tem ocupado boa parte do meu tempo. É preciso calcorrear as ruas, descobrir recantos, memorizar trajectos, coisa que só se consegue andando pacientemente à procura pelo seu próprio pé.
Sair à noite é ainda impraticável. Os amigos com que o fazia ficaram lá e imagino que lá continuam, nos mesmos sítios, entregues aos habituais assuntos de conversa. Sinto muito falta desses momentos. Sei que irei criar por aqui outras amizades. Entretanto, pesa esta solidão que estou a atravessar. Consolo-me pensando que, em Campo Maior, me começava a faltar a possibilidade de novos horizontes e de novas experiências. Todas as novas situações exigem adaptações que, por um lado são dolorosas, por outro lado criam expectativas e enchem-nos de esperanças. Mas, que falta sinto, neste momento, da vida que tinha quando lá estava.
5 comentários:
Se isto a consola, eu por mim confesso que tenho já alguma saudade dos textos em que ia fazendo a análise do nosso quotidiano viver, poque eles, numa visão critica, inteligente, mas muito afectuosa, faziam-nos olhar de outro modo para o que somos e para o que fazemos e dizemos.
Já agora: que poderão pensar e dizer os que andaram numa fúria a lançar palpites sobre a indentidade dos autores dos textos? Será que poderão pelo menos sentir alguma vergonha por terem envolvido pessoas que nada tinham a ver com a questão? E mais eu calculo que, com o bom-senso que sempre revelou, tenha excluido muita porcaria por não ter o direito de ser publicada.
Olhe: não sei nem estou preocupado em saber quem você é. Mas fique com esta declaração sincera que tem ainda maior valor por ser dirigida a alguém que, na realidade não conheço, nem virei a conhecer: você é uma das pessoas que, nos últino tempos, mais me fez reflectir com clareza e discernimento sobre mim e sobre a comunidade a que pertenço. Daqui lhe envio o meu obrigado e o meu imaginário abraço de virtual afecto.
Confesso que é com mágoa que assito á sua ausência pis sei que, como é natural, se irá afastando de nós e dos nossos problemas. Olhe que no Domingo tivemos um bela festa. Que pena que não pudesse assistir. Renasce a esperança...
Que tenha um futuro tão risonho como a memória que deixou em nós.
Não sei porquê, mas algo me diz que um dia voltará. De qualquer modo, desejo as maiores felicidades para a animada Urtiga, para o sério e ponderado Gavião e para o sempre atento e bem informado Cardo.
Com os melhores cumprimentos.
O que eu sinto escrivi-o no seu post de despedida, faça o que eu disse"nunca diga adeus, diga-nos antes até breve" assim vivemos na esperança que regresse e volte ao nosso convívio no dizer, falar e escrever.
Não se esqueça que existe uma palavra na nossa dialética que é 1oo% portuguesa e somos nós os únicos que a sentimos como ninguém no Mundo - SAUDADE...
siripipi-alentejano
Convido-os e aos seus leitores a visitarem o blogue da Academia Sénior de Campo Maior
http://ac-senior-cm.blogspot.com/
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