domingo, 12 de julho de 2009

Razões de uma atitude

Porque acredito na necessidade e possibilidade de uma solução de gestão inteligente para Campo Maior, apoiarei uma alternativa que me ofereça um projecto de mudança que nos tire deste pântano de cultura inculta em que temos estado atolados nestes últimos anos.
Na verdade, é tal a estagnação, são tão incultas as soluções que nos têm impingido como se de soluções políticas se tratasse, são tão grandes os desvarios, que isto nem pode ser considerado política. É mais um desconcerto autista, depressivo e neurótico, promovido pela atitude de prepotente incultura de pessoas que oscilam entre a tendência pessoal para imporem as suas ideias e vontades e a preocupação populista de contentarem o “povinho” para garantirem o voto que lhes confere poder e autoridade.
Esta gente não tem a mínima ideia do que seja governar. O que fazem é, de facto, governarem-se. Movidos pelo gosto do mando, sequiosos de notabilidade, tudo fazem para manterem os dentes cravados no bolo, procurando afastar com rancor tudo e todos os que lhes parecem constituir uma ameaça aos seus interesses pessoais.
Por isso: mudança precisa-se. Campo Maior necessita de mudar. E não me falem da juventude de alguns que se candidatam a liderar essa mudança. Prefiro a sua saudável juventude à manhosa falta de carácter dos que estão e a que dão o nome de experiência. Mas experiência de quê? De truques e artimanhas, de golpes e trafulhices para enganarem papalvos, com o ruidoso apoio dos cúmplices que os acompanham no uso e abuso do poder.
Reparem como recomeçou o ciclo da incultura a que eles persistem em chamar de cultura popular. Dia 11 Festival de Folclore. (Que folclore? Aquilo não passou de um pobre espectáculo repetitivo e desinteressante que nada tem a ver com a verdadeira cultura popular). E depois mais e mais até à saciedade, até à insanidade. Ó gente da minha terra! Acordem que nos estão a secar como povo e como cultura! Há um futuro para nós, garanto-vos. Basta que nos unamos em volta de um verdadeiro projecto para os campomaiorenses e para Campo Maior.

7 comentários:

Jack The Ripper disse...

E amigo Gavião, esse projecto em torno do qual nos devemos unir é qual?

É que eu não vislumbro gestão inteligente nos projectos que até agora foram apresentados!

E dou um aviso à navegação: não basta ter um candidato jovem é preciso uma renovação de mentalidades

Gavião disse...

As atitudes políticas polarizam-se sempre á volta de duas posições essenciais:
Uma previlegia a valorização do que se tem, assenta na valorização do presente por receio do que o futuro possa trazer e tem como motivações o medo do risco, a acomodação às situações que se conhecem, a ânsia de conservar o que se tem com medo que o que vem lho possa retirar. Esta é a atitude geralmente classificada como conservadora.
Outra, insatisfeita ou descontente com a situação presente, prefere apostar na mudança, correr o risco do novo, na espectativa de isso possa facilitar a inovação. Esta é a atitude geralmente designada como progressista.
Tendencialmente, a primeira é conectada com os mais velhos e a segunda com os se integram nas novas gerações. Como quase todas as generalizações, também esta peca por excesso.
O que se pode dizer com segurança é que isto não depende da virtude da opção que se defende, mas da tendência que temos para uma ou outra das ditas atitudes.
No caso pendente, verifica-se que os situacionistas tendem mais a justificar a sua opção apontando defeitos às alternativas do que a apontar as virtudes da sua opção.
Falam de juventude excessiva (nitidamente conservadora, pois, no meu entender, a juventude não é defeito, podendo até ser grande vantagem). Falam também de não ser alternativa porque não se sabe claramente o que pretendem fazer (mesmo que ainda não haja programas eleitorais publicados e conhecidos).
No fundo, não será o medo da mudança que torna hesitantes aqueles que a não desejam?

Jack The Ripper disse...

Amigo Gavião,

Eu percebo o que diz, mas não respondeu à minha questão. Que projecto apoia? Qual o projecto em torno do qual nos devemos unir?

É o da juventude do Ricardo? Mesmo que em segundo lugar vá o João Muacho e a juventude, desta forma tenha um certo cheiro a mofo?

A gestão inteligente assim não surgirá! Haverá apenas um dejá vu!!!

Não me interprete mal, sou anti-Burrica! Nele não votarei mas as alternativas que foram criadas são bastante pobres!

Gavião disse...

Permita-me que esclareça o seguinte:
A alternativa que mais desejo é que seja posto um final nesta insuportável situação de estagnação social e de regressão cultural. Já viu a que é que esta gente chama cultura? O povo tem as costas largas e serve de justificação para todas as barbaridades. Até para inventarem pseudo-expressões culturais populares que nunca existiram.
Portanto, para mim, trata-se de ir "step by step". Para já, afastar esta insana situação. Depois, porque não acredito na virtude dos unanimismos, gostaria que houvesse a possibilidade de várias personalidades e perspectivas terem de construir um projecto para Campo Maior. Se possível com o máximo de participação do munícipes. De qualquer modo, mudar.
O que mais abomino é a ausência de projecto dos que elaboram programas eleitorais com a decisão a priori de que não são para cumprir, mas apenas para patego ver.
Quanto à personagem que invoca: mais uma vez, porque jovem, tenho fé na juventude. E os erros que nela se cometem são remediáveis porque os jovens podem aprender com as lições amargas que a vida dá. Ele ainda é um jovem. Porque não acreditar na regeneração das pessoas? Assim, essa personagem entenda que é tempo de fazer a sua "travessia do deserto" e que não tenha pressa em regressar. Agora, para ele, é tempo de reaprender.
Acredito piamente que a solução terá de passar por: "Basta que nos unamos em volta de um verdadeiro projecto para os campomaiorenses e para Campo Maior". Chegará o tempo de elaborar o projecto que mais nos convenha. É preciso criar as condições que tornem possível que isso aconteça. Logo, é preciso mudar.

Jack The Ripper disse...

Caro Gavião,


Já me respondeu à questão.
No entanto, vou-lhe também dizer o seguinte: não acredito que venha a haver "a possibilidade de várias personalidades e perspectivas terem de construir um projecto para Campo Maior", simplesmente porque essas pessoas não estão hoje, na política nem têm condições de vir a poder a estar.

Quem está na política, está porque fez da política um modo de vida do qual não pode e não se quer desprender.

Não quis citar a personagem que eu citei, então, eu também vou dizer que essa personagem que eu citei andou anos a fio a criticar a Delta a sua administração e tudo o que tivesse a sua influência. Criticou pessoas honestas por trabalharem na Delta, mas como dizia o poeta "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" e eis que agora quer o apoio da Delta e da sua administração para poder continuar com o seu modo de vida, a política.

Alguns dizem que é uma pessoa com experiência e com inteligência. A experiência é a que adquiriu com o Burrica e a inteligência é uma inteligência pequena e provinciana que não está à altura do projecto que todos ansiamos para Campo Maior.

Pode ter a certeza que se, essa personagem integrar as listas eu não voto PS. Vou votar em branco ou então voto CDU.

Gavião disse...

Muito bem! Fiquemo-nos por aqui com esta declaração: apoiado! apoiado! apoiado!!!
Até uma próxima troca de ideias.

Jedinstvo disse...

Não sou apoiante nem do PS nem da actual Câmara. (é uma confusão de entra e sai)

Mas gostaria de puxar pela sua memória, e dizer com conhecimento de causa que o actual presidente já tinha este feitio antes de lhe ser retirada a "confiança política"

E gostaria também de lhe perguntar quais foram as iniciativas culturais promovidas pela lista de apoiantes da actual candidatura do PS! (excepto as privadas, claro)

Já que fala tanto, e lamento, com falta de conhecimento do estado de alguma cultura que se faz em Campo Maior.

Embora concorde em algumas críticas, nesta não, totalmente.

É um bom tópico para dar asas ao seu "conhecimento de causa"

Recordo também que existe sim uma candidatura com a qual me identifico,(CDU) que é de esquerda, e está totalmente aberta aos contributos da população. Para defender um projecto em nome de Campo Maior.

Saudações...